São Paulo, quarta-feira, 10 de julho de 2002

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INTEGRAÇÃO

União Africana entrou em vigor ontem

Chegou a hora de a África ocupar o lugar que merece, afirma Mbeki

DA REDAÇÃO

Em uma cerimônia que contou com caças, danças zulus e demonstrações de pára-quedistas, líderes africanos lançaram ontem a União Africana, uma nova organização que pretende reduzir a pobreza e os conflitos na África.
"Como africanos, nós temos um destino comum. Juntos, nós devemos redefinir esse destino para uma vida melhor para todas as pessoas deste continente", disse o presidente sul-africano, Thabo Mbeki, a dignitários e cerca de 30 mil pessoas que participaram das celebrações em um estádio de Durban, na África do Sul.
Mbeki, que lidera o setor pró-ocidental dos governantes africanos, foi escolhido como o primeiro secretário-geral da organização, cuja fundação descreveu como "um momento cheio de esperança para o continente africano e para seus povos".
"Chegou a hora de a África ocupar o lugar que merece no mundo. Vamos demonstrar que este é um continente democrático e bem governado", afirmou Mbeki.
Já o líder líbio, Muammar Gaddafi, que foi um dos incentivadores da idéia de substituir a Organização da Unidade Africana pela União Africana, disse: "A África para os africanos, sem racismo, sem colonialismo e sem injustiças".
Analistas questionam a capacidade de a organização (com 53 membros) reunir recursos e vontade política para levar adiante seus objetivos, que incluem um Parlamento continental, um tribunal pan-africano, um Banco Central, a união monetária, a criação de uma força de manutenção da paz e, no longo prazo, a eliminação das fronteiras. O continente enfrenta guerras, instabilidade política e disseminação descontrolada do vírus HIV.



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