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INTEGRAÇÃO
União Africana entrou em vigor ontem
Chegou a hora de a África ocupar o lugar que merece, afirma Mbeki
DA REDAÇÃO
Em uma cerimônia que contou
com caças, danças zulus e demonstrações de pára-quedistas,
líderes africanos lançaram ontem
a União Africana, uma nova organização que pretende reduzir a
pobreza e os conflitos na África.
"Como africanos, nós temos
um destino comum. Juntos, nós
devemos redefinir esse destino
para uma vida melhor para todas
as pessoas deste continente", disse o presidente sul-africano, Thabo Mbeki, a dignitários e cerca de
30 mil pessoas que participaram
das celebrações em um estádio de
Durban, na África do Sul.
Mbeki, que lidera o setor pró-ocidental dos governantes africanos, foi escolhido como o primeiro secretário-geral da organização, cuja fundação descreveu como "um momento cheio de esperança para o continente africano e
para seus povos".
"Chegou a hora de a África ocupar o lugar que merece no mundo. Vamos demonstrar que este é
um continente democrático e
bem governado", afirmou Mbeki.
Já o líder líbio, Muammar Gaddafi, que foi um dos incentivadores da idéia de substituir a Organização da Unidade Africana pela
União Africana, disse: "A África
para os africanos, sem racismo,
sem colonialismo e sem injustiças".
Analistas questionam a capacidade de a organização (com 53
membros) reunir recursos e vontade política para levar adiante
seus objetivos, que incluem um
Parlamento continental, um tribunal pan-africano, um Banco
Central, a união monetária, a criação de uma força de manutenção
da paz e, no longo prazo, a eliminação das fronteiras. O continente enfrenta guerras, instabilidade
política e disseminação descontrolada do vírus HIV.
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