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ORIENTE MÉDIO
Dinheiro, cerca de US$ 420 mi, está retido desde o início da Intifada
Israel descongela fundos palestinos
DA REDAÇÃO
Israel concordou em descongelar fundos pertencentes à ANP
(Autoridade Nacional Palestina)
que estão retidos em cofres israelenses desde a eclosão da Intifada
(levante palestino contra a ocupação israelense), iniciada em setembro de 2000. A condição para
que os fundos sejam liberados é
que haja supervisão israelense no
uso do dinheiro, sob a liderança
do ministro das Relações Exteriores, Shimon Peres.
A decisão israelense foi tomada
ontem em reunião comandada
pelo premiê Ariel Sharon. Nos últimos dois dias, Peres se encontrou com autoridades palestinas
para negociações econômicas.
Tanto as reuniões bilaterais como a decisão israelense de descongelar os fundos demonstram
aproximação entre israelenses e
palestinos. Sharon afirmou que
embora a paz "pareça distante
neste momento, está claro que
uma janela está sendo aberta".
Saeb Erekat, principal negociador palestino, pediu, após se reunir com Peres, que as negociações
de paz sejam retomadas.
O dinheiro palestino que Israel
descongelará é estimado em cerca
de US$ 420 milhões e deve ser
destinado para amenizar a situação econômica dos palestinos. Os
israelenses querem evitar que o
dinheiro seja destinado para atividades terroristas.
Atualmente, sete grandes cidades palestinas da Cisjordânia estão ocupadas pelo Exército de Israel, com os habitantes vivendo
sob toque de recolher. A ação israelense, que já dura 20 dias, é resposta a onda de atentados que
matou 31 israelenses em junho.
Em Jerusalém Oriental, um palestino disparou contra um grupo
de policiais israelenses. Os policiais revidaram, e uma bala perdida matou um outro palestino que
passava pelo local. O atirador foi
preso.
A polícia israelense entrou na
Universidade Al Quds, em Jerusalém Oriental, e fechou o escritório
de Sari Nusseibeh, maior autoridade da ANP em Jerusalém e tido
como um dos líderes palestinos
mais moderados.
Nusseibeh, que está na Grécia,
ainda não se manifestou sobre o
episódio. O ministro da Segurança Interna de Israel, Uzi Landau,
justificou a ação afirmando que a
universidade "é um longo braço
da ANP e opera contra a lei".
As Forças Armadas de Israel
substituíram o seu comandante
ontem. Shaul Mofaz passou o cargo a Moshe Yaalon.
Com agências internacionais
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