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TRAGÉDIA NOS EUA
Michael Brown, principal alvo de críticas, volta a Washington, mas segue na direção de agência de emergências
Bush troca comando da ajuda às vítimas
DA REDAÇÃO
O diretor da Fema (a agência
dos EUA para emergências), Michael Brown, foi retirado ontem
da chefia do auxílio do governo
Bush às vítimas do furacão Katrina. O substituto é o vice-almirante da Guarda Costeira Thad Allen.
Brown foi o alvo preferencial
das críticas de que houve demora
em agir. Questionado se foi convertido em bode expiatório, disse:
"Pela imprensa, sim. Pelo presidente, não". Ele foi acusado também de valorizar no seu currículo
a experiência com emergências.
Brown declarou que continuará
a dirigir a Fema. "Estou ansioso
para voltar a Washington e retificar todas as imprecisões e mentiras ditas." Segundo ele, a decisão
de trazê-lo de volta foi do secretário da Segurança Interna, Michael
Chertoff, a quem é subordinado.
Num esforço para tentar melhorar a imagem do trabalho de
ajuda às vítimas, Bush fará amanhã sua terceira visita à região
atingida em cerca de duas semanas. Hoje, será a vez do vice Dick
Cheney fazer seu segundo giro.
A tarefa de Bush, porém, continua árdua. Até um nome de peso
de seu primeiro governo, o ex-secretário de Estado Colin Powell,
criticou o auxílio prestado, dizendo que "um monte de falhas"
aconteceu em todos os níveis.
Apesar das críticas, ele, que é
negro, afirmou não acreditar que
o fato de muitas vítimas serem negras tenha motivado a demora na
chegada da ajuda. "Quando você
determina a saída, não pode esperar que todos saiam por conta
própria", disse. "São pessoas que
não têm cartão de crédito; só uma
em cada dez famílias neste nível
econômico em Nova Orleans tem
um carro. Então, não é uma questão racial, mas a pobreza afeta
desproporcionalmente os afro-americanos neste país. Isso aconteceu porque são pobres."
Um plano tornado público ontem também agrava a situação de
Bush. Há um ano, seu governo já
simulava o que ocorreria a Nova
Orleans se fosse atingida por um
furacão da categoria três -o Katrina chegou no nível quatro. A
estimativa era de 61.290 mortes e
384.257 feridos e doentes, e que
parte da Louisiana ficaria um ano
sem condições de ser habitada.
Com agências internacionais
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