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Ajuda dos EUA inclui
comida e propaganda
DA REDAÇÃO
Os Estados Unidos voltaram a
lançar 37,5 mil pacotes de alimentos no Afeganistão ontem como
parte de sua "operação pão e
bombas" -que combina ataques
militares e ajuda humanitária.
O auxílio humanitário também
faz parte do que é chamado de
Psyops, ou operações psicológicas, que incluem ainda a disseminação de propaganda pró-EUA.
Os pacotes de comida contém
alimentos "culturalmente neutros" (veja quadro ao lado) e são
uma peça-chave de uma campanha cuidadosamente planejada
para tentar evitar uma reação antiocidental entre muçulmanos.
Funcionários do Pentágono disseram que o lançamento de comida tinha o objetivo de evitar um
desastre humanitário e mostrar
que os EUA e o Reino Unido não
estão em guerra contra os afegãos,
mas contra terroristas.
Os pacotes são lançados em
áreas não controladas pelo Taleban de dois aviões de carga C-17
que partem diariamente da base
aérea de Ramstein, na Alemanha.
Eles são envoltos em uma embalagem dupla de plástico amarelo
projetada para flutuar, de forma
que os pacotes se espalhem por
uma área grande em vez de caírem todos no mesmo lugar. Assim, eles podem ser usados para
atrair pessoas para fora das áreas
controladas pelo Taleban.
"Esta comida é um presente do
povo dos Estados Unidos da
América", diz um texto, em inglês, impresso nos pacotes.
O outro lado das operações psicológicas é o da propaganda.
Além de panfletos com mensagens para intimidar o Taleban e
reiterar que os EUA não estão em
guerra contra os afegãos, há um
plano para lançar rádios de ondas
curtas no Afeganistão.
Assim, mais afegãos poderiam
ouvir o serviço radiofônico "Voz
da América", transmitido por estação de rádio móvel, um avião C-130E que sobrevoa áreas próximas à fronteira do país. O objetivo
é transmitir mensagens, como a
de que os EUA estão oferecendo
uma recompensa de US$ 5 milhões pela captura de Osama bin
Laden, a potenciais desertores.
Com agências internacionais
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