DA REDAÇÃO

Numa tentativa de fortalecer seu partido, o premiê do Japão, Junichiro Koizumi, determinou hoje (no horário local) a dissolução da Câmara Baixa do Parlamento e deveria convocar eleições, segundo a mídia local.
A medida vai deixar vagas as 480 cadeiras da casa. Segundo um líder da coalizão de governo, as eleições seriam convocadas já para o dia 9 de novembro. Após uma reunião do gabinete na qual a dissolução foi definida, o imperador Akihito aprovaria formalmente a medida. Com isso, seria feita a comunicação à Câmara Baixa.
A definição da dissolução foi divulgada pela TV NHK e pela agência de notícias Kyodo.
As eleições dão a oportunidade ao popular premiê japonês de fortalecer sua liderança e a do seu PLD (Partido Liberal Democrático), após ter obtido de forma tranquila no mês passado a reeleição como presidente da sigla.
A expectativa de Koizumi é de, com as eleições, obter uma margem maior de cadeiras no Parlamento. Assim, poderia enfrentar melhor uma oposição que tem se mostrado mais unida. A coalizão de três legendas que apóia o premiê já possuía o controle da maioria da Câmara Baixa, com 244 cadeiras, contra 137 do principal rival, o Partido Democrático.
A última medida aprovada pelos parlamentares foi manter a ajuda logística do Japão às forças internacionais no Afeganistão.
A estagnação da economia deve ser o principal tema da campanha. Apesar da pressão do premiê por gastos públicos, leis para desregular a indústria e privatizações de serviços, a atuação de Koizumi ainda não foi suficiente para melhorar a situação econômica.