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ORIENTE MÉDIO
Moradores do Golã criticam governo israelense
Para Barak, paz com a Síria trará acordo com o Líbano
das agências internacionais
O premiê israelense, Ehud Barak, disse ontem que espera obter
nos próximos meses um acordo
de paz em duas frentes -com a
Síria e com o Líbano.
Síria e Israel reiniciam negociações, interrompidas em 96, na
próxima semana, em Washington. Barak se reunirá com o chanceler sírio, Farouq al Shara, para
acertar o cronograma e as bases
das negociações.
"Se eles (sírios) começarem de
forma positiva, vão conduzir ao
reinício das conversas com o Líbano também", disse Barak. Um
acordo com a Síria, que tem grande influência no governo libanês,
poderia levar Israel a ter, pela primeira vez, relações diplomáticas
com todos os seus vizinhos.
Damasco financia guerrilhas islâmicas que lutam contra a ocupação israelense de uma faixa territorial no sul do Líbano.
O premiê libanês, Salim al Hoss,
reagiu com ceticismo ao anúncio
da renovação do diálogo.
Uma retirada de Israel das colinas do Golã, território sírio ocupado na guerra de 1967, deve ser o
ponto mais controverso nas negociações.
Representantes dos cerca de 17
mil israelenses que vivem no Golã
afirmaram ontem que Barak os tinha "vendido" à Síria. "É óbvio
que o reinício das negociações
significa que Barak aceitou as demandas sírias", disse Uri Heitnar,
porta-voz do Comitê dos Moradores do Golã.
O presidente sírio, Hafez al Assad, sempre exigiu que Israel devolvesse a totalidade das colinas
em troca da paz.
O chanceler israelense, David
Levy, disse que o país não voltará
às fronteiras anteriores a 1967.
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