DA REDAÇÃO

Em discurso no Kremlin, o presidente russo, Vladimir Putin, disse ontem que os ataques terroristas têm como objetivo atingir a democracia e o crescimento econômico do país.
"[A Constituição] é um fundamento para o desenvolvimento de uma livre economia de mercado, da democracia, da nação como um todo e para a preservação da integridade territorial. As ações de criminosos e terroristas, que nós temos de combater todos os dias, são direcionadas contra tudo isso", disse.
O discurso foi feito diante de uma platéia formada por líderes regionais, em evento comemorativo do 10º aniversário da Constituição russa, que será celebrado na próxima sexta-feira.
O ataque de ontem jogou mais uma sombra nas eleições parlamentares ocorridas no domingo passado, que deram uma grande vitória a Putin, mas que tiveram a lisura questionada por observadores internacionais e pelos EUA.
As principais críticas se referem ao uso da máquina do Estado e da televisão estatal para favorecer candidatos aliados ao Kremlin.
O resultado favorável de domingo deixou Putin como favoritíssimo na eleição presidencial, que deve ocorrer no dia 14 de março -a data deve ser confirmada hoje pela Câmara Alta.
Apesar da especulação de que a nova configuração da Duma (Câmara Baixa do Parlamento) permitirá a Putin mudar a Constituição para que possa concorrer a um terceiro mandato, o presidente descartou ontem que irá propor novas emendas.

EUA
O governo norte-americano condenou "veementemente" o atentado terrorista em Moscou. A nota foi divulgada pelo porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher.
"Nenhuma causa, nenhuma circunstância pode justificar atos desse tipo", disse. Segundo ele, nenhum cidadão americano foi atingido pelo ataque.