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DIPLOMACIA
Advertência é feita após reunião do presidente dos EUA com premiê chinês, para quem o separatismo não pode ser tolerado
Bush apóia China e alerta Taiwan sobre independência
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, alertou Taiwan contra o
referendo que o governo local
pretende fazer a respeito de sua
soberania e afirmou que a política
americana defende "uma China
única". Bush recebeu ontem na
Casa Branca o premiê chinês,
Wen Jiabao.
"Nós nos opomos a qualquer
decisão unilateral, seja por parte
da China ou de Taiwan, para mudar seu status", declarou o presidente americano. "Os comentários e as ações do líder de Taiwan
indicam que ele pode desejar tomar decisões unilaterais para mudar seu status."
No último sábado, o presidente
de Taiwan, Chen Shui-bian,
anunciou um referendo para exigir que a China desmantele um
arsenal de mísseis voltado para
seu território. A consulta ocorrerá
em 20 de março.
A iniciativa suscitou a ira de Pequim, que afirmou que uma declaração formal de independência
de Taiwan (a qual considera sua
"Província rebelde") equivaleria a
uma declaração de guerra.
Ontem, o premiê Wen disse que
"os chineses não podem, de jeito
nenhum, tolerar as atividades separatistas de Taiwan" e expressou
gratidão a Bush por sua posição
em relação à questão.
"A estabilidade só pode ser
mantida por meio da oposição
inabalável às atividades pró-independência", declarou o premiê.
"Faremos o melhor para promover a reunificação nacional por
meio pacíficos. O governo chinês
respeita o desejo do povo de Taiwan por democracia, mas nós devemos ressaltar que [os líderes de
Taiwan] estão usando a democracia apenas como um desculpa para promover referendos defensivos com o objetivo de separar Taiwan da China."
Bush e Wen se reuniram por 40
minutos no Salão Oval e, entre
outras coisas, discutiram o déficit
comercial chinês -hoje na casa
dos US$ 100 bilhões- e a questão
norte-coreana.
Coréia do Norte
Os EUA contam com o apoio de
Pequim para tentar negociar o
fim do programa nuclear da Coréia do Norte. Bush elogiou a iniciativa chinesa de dar início às negociações em meados deste ano.
No entanto, o presidente dos
EUA rejeitou a proposta feita pela
Coréia do Norte de congelar o seu
programa nuclear em troca de
ajuda na área energética e da retirada do país da lista de Estados
que apóiam o terrorismo.
Segundo Bush, o objetivo dos
EUA não é o congelamento, mas
sim o desmantelamento do programa norte-coreano.
Com agências internacionais
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