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São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 2003

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DIPLOMACIA

Advertência é feita após reunião do presidente dos EUA com premiê chinês, para quem o separatismo não pode ser tolerado

Bush apóia China e alerta Taiwan sobre independência

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, alertou Taiwan contra o referendo que o governo local pretende fazer a respeito de sua soberania e afirmou que a política americana defende "uma China única". Bush recebeu ontem na Casa Branca o premiê chinês, Wen Jiabao.
"Nós nos opomos a qualquer decisão unilateral, seja por parte da China ou de Taiwan, para mudar seu status", declarou o presidente americano. "Os comentários e as ações do líder de Taiwan indicam que ele pode desejar tomar decisões unilaterais para mudar seu status."
No último sábado, o presidente de Taiwan, Chen Shui-bian, anunciou um referendo para exigir que a China desmantele um arsenal de mísseis voltado para seu território. A consulta ocorrerá em 20 de março.
A iniciativa suscitou a ira de Pequim, que afirmou que uma declaração formal de independência de Taiwan (a qual considera sua "Província rebelde") equivaleria a uma declaração de guerra.
Ontem, o premiê Wen disse que "os chineses não podem, de jeito nenhum, tolerar as atividades separatistas de Taiwan" e expressou gratidão a Bush por sua posição em relação à questão.
"A estabilidade só pode ser mantida por meio da oposição inabalável às atividades pró-independência", declarou o premiê. "Faremos o melhor para promover a reunificação nacional por meio pacíficos. O governo chinês respeita o desejo do povo de Taiwan por democracia, mas nós devemos ressaltar que [os líderes de Taiwan] estão usando a democracia apenas como um desculpa para promover referendos defensivos com o objetivo de separar Taiwan da China."
Bush e Wen se reuniram por 40 minutos no Salão Oval e, entre outras coisas, discutiram o déficit comercial chinês -hoje na casa dos US$ 100 bilhões- e a questão norte-coreana.

Coréia do Norte
Os EUA contam com o apoio de Pequim para tentar negociar o fim do programa nuclear da Coréia do Norte. Bush elogiou a iniciativa chinesa de dar início às negociações em meados deste ano.
No entanto, o presidente dos EUA rejeitou a proposta feita pela Coréia do Norte de congelar o seu programa nuclear em troca de ajuda na área energética e da retirada do país da lista de Estados que apóiam o terrorismo.
Segundo Bush, o objetivo dos EUA não é o congelamento, mas sim o desmantelamento do programa norte-coreano.


Com agências internacionais

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