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IRAQUE OCUPADO
Ações visaram mesquita e bases americanas
Série de atentados deixa três civis mortos e fere 61 soldados dos EUA
DA REDAÇÃO
Uma série de ações hostis deixou três civis iraquianos mortos e
pelo menos 61 soldados dos EUA
feridos ontem no Iraque.
Os civis foram mortos em um
ataque contra uma mesquita sunita em Bagdá. Um carro-bomba
explodiu logo após a cerimônia
matutina, gerando temores de
violência sectária no país.
Cerca de 60% dos iraquianos
são xiitas, corrente muçulmana
que está mais alinhada à administração americana após passar décadas reprimida pelo ex-ditador
Saddam Hussein, um sunita.
Segundo a polícia de Bagdá, havia explosivos sob o carro estacionado no terreno da mesquita. Entretanto testemunhas afirmaram
ter visto granadas-foguetes.
Em Talafar, no norte do país,
um carro-bomba explodiu em
uma base americana às 4h45 (hora local). Antes de explodir, o veículo avançou em direção ao portão, e os vigias abriram fogo.
O atentado, que deixou 59 feridos, ocorreu quando a maior parte dos soldados ainda estava em
seus alojamentos. Uma escola em
frente à base foi atingida, mas, por
causa do horário, estava vazia.
Em Husseiniya (nordeste), um
homem explodiu perto do portão
de outra base militar, ferindo dois
soldados. Em Fallujah (oeste), um
helicóptero dos EUA fez um pouso forçado após ser atingido por
granadas-foguetes. Os tripulantes
não foram feridos.
Desde o anúncio do fim dos
principais conflitos, em 1º de
maio, 193 soldados dos EUA foram mortos em ataques, que também visam aliados americanos.
O Japão, que há poucos dias
perdeu dois diplomatas no Iraque, anunciou o envio de mil soldados de apoio a partir do próximo dia 15. As tropas-o maior
destacamento japonês desde a Segunda Guerra Mundial- não devem participar de combates.
Tribunal
O Conselho de Governo Iraquiano aprovou a criação de um
tribunal que julgará os membros
do regime deposto, inclusive
aqueles sob custódia americana.
A corte deve ser instituída hoje.
Juízes iraquianos conduzirão os
processos, e conselheiros internacionais devem atuar como observadores. Organizações de direitos
humanos contestam o modelo, citando falta de imparcialidade.
Com agências internacionais
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