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São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 2003

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IRAQUE OCUPADO

Ações visaram mesquita e bases americanas

Série de atentados deixa três civis mortos e fere 61 soldados dos EUA

DA REDAÇÃO

Uma série de ações hostis deixou três civis iraquianos mortos e pelo menos 61 soldados dos EUA feridos ontem no Iraque.
Os civis foram mortos em um ataque contra uma mesquita sunita em Bagdá. Um carro-bomba explodiu logo após a cerimônia matutina, gerando temores de violência sectária no país.
Cerca de 60% dos iraquianos são xiitas, corrente muçulmana que está mais alinhada à administração americana após passar décadas reprimida pelo ex-ditador Saddam Hussein, um sunita.
Segundo a polícia de Bagdá, havia explosivos sob o carro estacionado no terreno da mesquita. Entretanto testemunhas afirmaram ter visto granadas-foguetes.
Em Talafar, no norte do país, um carro-bomba explodiu em uma base americana às 4h45 (hora local). Antes de explodir, o veículo avançou em direção ao portão, e os vigias abriram fogo.
O atentado, que deixou 59 feridos, ocorreu quando a maior parte dos soldados ainda estava em seus alojamentos. Uma escola em frente à base foi atingida, mas, por causa do horário, estava vazia.
Em Husseiniya (nordeste), um homem explodiu perto do portão de outra base militar, ferindo dois soldados. Em Fallujah (oeste), um helicóptero dos EUA fez um pouso forçado após ser atingido por granadas-foguetes. Os tripulantes não foram feridos.
Desde o anúncio do fim dos principais conflitos, em 1º de maio, 193 soldados dos EUA foram mortos em ataques, que também visam aliados americanos.
O Japão, que há poucos dias perdeu dois diplomatas no Iraque, anunciou o envio de mil soldados de apoio a partir do próximo dia 15. As tropas-o maior destacamento japonês desde a Segunda Guerra Mundial- não devem participar de combates.

Tribunal
O Conselho de Governo Iraquiano aprovou a criação de um tribunal que julgará os membros do regime deposto, inclusive aqueles sob custódia americana. A corte deve ser instituída hoje.
Juízes iraquianos conduzirão os processos, e conselheiros internacionais devem atuar como observadores. Organizações de direitos humanos contestam o modelo, citando falta de imparcialidade.


Com agências internacionais

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