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ESPANHA
Grupo terrorista perdeu "suas cabeças", festeja Madri
França prende o segundo chefe militar do ETA em uma semana
DA REDAÇÃO
No segundo golpe contra o grupo terrorista basco ETA, foi preso
ontem, em Pau (sudoeste da
França), Gorka Palácios Aldai,
um dos dois principais comandantes da organização. Junto com
ele, foram detidos dois outros
membros importantes do grupo:
Juan Luis Rubenach, chefe de logística do ETA, e Inigo Vallejo.
Segundo o Ministério do Interior da Espanha, Palácios era o líder militar do grupo ao lado de
Ibon Fernández Iradi, conhecido
como "Susper", detido na semana
passada na França.
O ministro do Interior da Espanha, Angel Acebes, celebrou a prisão de Palácios e afirmou que a
organização perdeu "suas cabeças". Segundo ele, Palácios é "o
número um" do ETA.
Acebes telefonou para o ministro do Interior da França, Nicolas
Sarkozy, para elogiar as recentes
prisões. Porém fez questão de ressaltar que, "enquanto o ETA existir, enquanto não for totalmente
derrotado, ninguém estará a salvo
de um ataque".
ETA é a sigla em basco para pátria basca e liberdade. O grupo defende a criação de um país independente no País Basco, localizado no norte da Espanha e no sudoeste da França. Desde os anos
60, o grupo já matou mais de 800
pessoas em atentados.
Palácios, 29, passou a integrar o
ETA em 1996 e foi membro do
"comando Madri", uma das facções mais violentas da organização. Ele estava na liderança do
grupo desde setembro, compartindo a tarefa com "Susper".
Desde que o grupo rompeu o
cessar-fogo em 2000, Palácios é
um de seus membros mais procurados. Ele estaria envolvido, segundo a polícia espanhola, na
morte de um vereador do Partido
Popular -o mesmo do premiê
espanhol, José María Aznar- em
Málaga (sul da Espanha) e de um
promotor em Granada (sul da Espanha) e em dois atentados com
carro-bomba em Madri.
Ao todo, neste ano, foram presas 175 pessoas suspeitas de pertencer ao ETA. O grupo é listado
como terrorista pelos Estados
Unidos, pela Espanha e pela
União Européia.
Em nota divulgada no domingo, o ETA afirmou que continuará com os ataques e que a paz não
voltará ao norte da Espanha enquanto o País Basco não se tornar
independente.
Com agências internacionais
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