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São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 2003

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ESPANHA

Grupo terrorista perdeu "suas cabeças", festeja Madri

França prende o segundo chefe militar do ETA em uma semana

DA REDAÇÃO

No segundo golpe contra o grupo terrorista basco ETA, foi preso ontem, em Pau (sudoeste da França), Gorka Palácios Aldai, um dos dois principais comandantes da organização. Junto com ele, foram detidos dois outros membros importantes do grupo: Juan Luis Rubenach, chefe de logística do ETA, e Inigo Vallejo.
Segundo o Ministério do Interior da Espanha, Palácios era o líder militar do grupo ao lado de Ibon Fernández Iradi, conhecido como "Susper", detido na semana passada na França.
O ministro do Interior da Espanha, Angel Acebes, celebrou a prisão de Palácios e afirmou que a organização perdeu "suas cabeças". Segundo ele, Palácios é "o número um" do ETA.
Acebes telefonou para o ministro do Interior da França, Nicolas Sarkozy, para elogiar as recentes prisões. Porém fez questão de ressaltar que, "enquanto o ETA existir, enquanto não for totalmente derrotado, ninguém estará a salvo de um ataque".
ETA é a sigla em basco para pátria basca e liberdade. O grupo defende a criação de um país independente no País Basco, localizado no norte da Espanha e no sudoeste da França. Desde os anos 60, o grupo já matou mais de 800 pessoas em atentados.
Palácios, 29, passou a integrar o ETA em 1996 e foi membro do "comando Madri", uma das facções mais violentas da organização. Ele estava na liderança do grupo desde setembro, compartindo a tarefa com "Susper".
Desde que o grupo rompeu o cessar-fogo em 2000, Palácios é um de seus membros mais procurados. Ele estaria envolvido, segundo a polícia espanhola, na morte de um vereador do Partido Popular -o mesmo do premiê espanhol, José María Aznar- em Málaga (sul da Espanha) e de um promotor em Granada (sul da Espanha) e em dois atentados com carro-bomba em Madri.
Ao todo, neste ano, foram presas 175 pessoas suspeitas de pertencer ao ETA. O grupo é listado como terrorista pelos Estados Unidos, pela Espanha e pela União Européia.
Em nota divulgada no domingo, o ETA afirmou que continuará com os ataques e que a paz não voltará ao norte da Espanha enquanto o País Basco não se tornar independente.


Com agências internacionais


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