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Brasileiro não atende a pedidos de encontro com opositores de Morales
DO ENVIADO A COCHABAMBA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não atendeu a nenhum dos pedidos de reunião
da oposição boliviana ao presidente Evo Morales com o objetivo de pedir algum envolvimento do Brasil na crescente
crise política boliviana.
A assessoria de imprensa do
Planalto chegou a anunciar que
o assessor internacional de Lula, Marco Aurélio Garcia, se encontraria com os opositores no
lugar de Lula, mas apenas um
pedido foi atendido: ele conversou rapidamente com o líder
oposicionista de centro-direita
Samuel Doria Medina, da Unidade Nacional (UN), a terceira
maior bancada no Congresso
boliviano.
Também haviam solicitado
um encontro com Lula o governador oposicionista do departamento (Estado) de Cochabamba, Manfred Reyes Villa, e
os sojicultores brasileiros radicados no departamento de Santa Cruz (leste), contrários à reforma agrária de Morales.
Os dois líderes opositores e
os grandes sojicultores na Bolívia se opõem à ação governista
na Assembléia Legislativa, que
impôs o sistema de votação por
maioria simples para a aprovação da maioria dos artigos
constitucionais, o que livra Morales de negociar com a bancada oposicionista.
"Assunto interno"
Para o chanceler Celso Amorim, a crise é um "assunto interno da Bolívia". "Dito isso, eu
creio que é avançar um pouco o
sinal ver a Bolívia de maneira
similar ou parecida com a que
tinha sido a situação da Venezuela em 2002, quando houve
um golpe de Estado frustrado.
Agora, em tudo que você puder
ajudar, contribuir para o diálogo, nisso tudo o Brasil está sempre aberto, mas sempre de maneira transparente e só pode
ocorrer isso se to governo achar
que é interessante."
(FM)
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