São Paulo, domingo, 10 de dezembro de 2006

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Brasileiro não atende a pedidos de encontro com opositores de Morales

DO ENVIADO A COCHABAMBA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não atendeu a nenhum dos pedidos de reunião da oposição boliviana ao presidente Evo Morales com o objetivo de pedir algum envolvimento do Brasil na crescente crise política boliviana.
A assessoria de imprensa do Planalto chegou a anunciar que o assessor internacional de Lula, Marco Aurélio Garcia, se encontraria com os opositores no lugar de Lula, mas apenas um pedido foi atendido: ele conversou rapidamente com o líder oposicionista de centro-direita Samuel Doria Medina, da Unidade Nacional (UN), a terceira maior bancada no Congresso boliviano.
Também haviam solicitado um encontro com Lula o governador oposicionista do departamento (Estado) de Cochabamba, Manfred Reyes Villa, e os sojicultores brasileiros radicados no departamento de Santa Cruz (leste), contrários à reforma agrária de Morales.
Os dois líderes opositores e os grandes sojicultores na Bolívia se opõem à ação governista na Assembléia Legislativa, que impôs o sistema de votação por maioria simples para a aprovação da maioria dos artigos constitucionais, o que livra Morales de negociar com a bancada oposicionista.

"Assunto interno"
Para o chanceler Celso Amorim, a crise é um "assunto interno da Bolívia". "Dito isso, eu creio que é avançar um pouco o sinal ver a Bolívia de maneira similar ou parecida com a que tinha sido a situação da Venezuela em 2002, quando houve um golpe de Estado frustrado. Agora, em tudo que você puder ajudar, contribuir para o diálogo, nisso tudo o Brasil está sempre aberto, mas sempre de maneira transparente e só pode ocorrer isso se to governo achar que é interessante." (FM)


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