São Paulo, sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

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Autoridades farão recontagem de votos após protestos no Haiti

Candidata com mais votos também apontou fraude nas eleições

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O CEP (Conselho Eleitoral Provisório) do Haiti anunciou ontem que fará a recontagem dos votos dos três candidatos mais bem votados na eleição presidencial do dia 28 de novembro.
O objetivo da decisão é tentar acabar com protestos violentos que varreram a capital Porto Príncipe e diversas cidades do interior do país após a divulgação anteontem do resultado preliminar do pleito.
Por ele, disputariam o segundo turno em janeiro a candidata oposicionista Mirlande Manigat (31.4% dos votos) e o governista Jude Célestin (22.5%). O terceiro colocado, o cantor de "kompa" Michel Martelly, teve apenas 0,6 ponto a menos de votos que Célestin e foi eliminado.
Seus partidários então promoveram uma onda de protestos violentos no país.
Manigat afirmou ontem que também não concorda com o resultado da eleição. Segundo cálculos de seus assessores, ela deveria ter tido muito mais votos.
A embaixada americana também disse que os resultados preliminares da votação não coincidem com os relatórios de observadores que acompanharam a votação.
O presidente do CEP, Gaillot Dorsainvil, disse ontem em rádios locais afirmando que a recontagem dos votos será supervisionada por observadores internacionais.
Uma outra alternativa que vem sendo analisada pelas autoridades eleitorais é que os três candidatos participem do segundo turno no dia 16 de janeiro.
As manifestações violentas começaram em Porto Príncipe logo após a divulgação dos resultados preliminares, na última terça-feira.
Ontem, houve menos protestos, mas ainda havia barricadas por toda Porto Príncipe. Os manifestantes não confrontaram a ONU, segundo tropas brasileiras.
Escolas e transportes coletivos não funcionaram. Voos internacionais continuavam suspensos

CÓLERA
Cientistas americanos estudaram o DNA da bactéria de cólera que matou mais de duas mil pessoas no Haiti e descobriram que ela veio de Bangladesh, no sul da Ásia.
O estudo não diz como a doença chegou ao Haiti mas sugere que trabalhadores de ajuda humanitária recebam antibióticos antes de atuar em áreas de desastres.


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