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IRAQUE NA MIRA
Europeus querem evitar guerra logo; EUA enviam mais tropas
UE pede mais tempo para inspeção
DA REDAÇÃO
Líderes europeus insistiram ontem numa resolução pacífica para
a crise com o Iraque, e os EUA
continuaram com os seus preparativos para uma ofensiva contra
Bagdá, enviando tropas à região.
Washington disse que enviará
em breve mais 7.000 militares ao
golfo Pérsico -o país está dobrando o seu contingente de 60
mil homens na região. Ainda ontem, o governo ordenou a mobilização de outros 25 mil militares.
O chanceler (premiê) da Alemanha, Gerhard Schröder, afirmou
que fará "tudo o que for possível"
para que a resolução da ONU sobre o desarmamento do regime
do ditador Saddam Hussein seja
cumprida sem a necessidade de
um conflito armado. Javier Solana, chefe da política externa da
União Européia (UE), declarou
que "sem provas, seria muito difícil começar uma guerra".
Até agora, os inspetores de armas da ONU dizem não ter encontrado no Iraque provas de que
Saddam continua a desenvolver
armas de destruição em massa,
banidas pela ONU.
Apesar disso, os EUA mantêm o
tom de suas declarações, segundo
as quais o ditador do Iraque desrespeita decisões da ONU e deve
ser controlado antes que faça uso
de seu arsenal.
O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Mohamed El Baradei, pediu ontem
aos americanos que colaborem
com os inspetores da ONU, fornecendo dados específicos sobre
"onde ir e o que inspecionar".
"A guerra não é e não precisa ser
inevitável", disse o presidente da
Comissão Européia, Romano
Prodi. Os 15 integrantes da UE estão divididos sobre a questão.
O Reino Unido, maior aliado
dos americanos, já prepara suas
tropas. A França é mais reticente:
diz que um ataque só deve ocorrer
se autorizado pela ONU com uma
justificativa plausível. Os alemães
se opõem a uma ofensiva.
"As inspeções precisam continuar e, por essa razão, não há bases para uma ação militar", afirmou o embaixador da Alemanha
na ONU, Gunter Pleuger.
A Grécia, que assumiu a presidência rotativa da UE neste mês,
tenta unificar a posição dos países
do bloco contra a ação militar e
pretende lançar uma iniciativa diplomática para evitar um ataque.
"Temos de fazer tudo o que pudermos para encontrar uma solução pacífica", disse o premiê grego, Costas Simitis. O chanceler
George Papandreou planeja ir ao
Oriente Médio em fevereiro. Mas
a missão grega é difícil, principalmente por causa da posição britânica de apoiar uma ação militar.
Tropas
Cerca de 7.000 fuzileiros navais
baseados na Carolina do Norte e
um número indefinido de pilotos
de bombardeiros serão transferidos ao golfo Pérsico nos próximos
dias, disseram ontem autoridades
militares americanas.
Três navios da Marinha ancorados na Virgínia, com capacidade
de transportar 3.000 soldados, estão sendo preparados. Washington já começou a mandar mais de
12 mil soldados baseados na
Geórgia e também na Alemanha.
As tropas estão sendo concentradas principalmente no Kuait e
no Qatar. O governo da Turquia
revelou ontem que autorizou a visita de 150 especialistas militares
dos EUA a algumas bases em seu
território que poderiam ser usadas em caso de guerra.
Com agências internacionais
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