São Paulo, sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

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Morre em Cuba ex-espião que denunciou operações da CIA na América Latina

DA REDAÇÃO

Morreu em Havana o ex-agente da CIA Philip Agee, que, na década de 70, denunciou operações secretas da agência na América Latina. "Amigo leal de Cuba", nas palavras do jornal estatal Granma, o oficial rompeu com a agência americana em 1968 por descordar do apoio dado por Washington a governos ditatoriais.
A morte, ocorrida na segunda-feira, foi anunciada na quarta pelo Granma. Agee tinha 72 anos e vivia entre Cuba e a Alemanha desde a década de 80. Acusado de traição, teve seu passaporte cassado por ser considerado uma "ameaça à segurança nacional", mas jamais deixou de se dizer americano.
Seu livro "Dentro da Companhia: Diário da CIA", publicado em 1974, denuncia o financiamento, pela Casa Branca, de atividades desestabilizadoras contra governos de esquerda e revela informações confidenciais sobre operações, expondo a identidade de agentes secretos. Best-seller em 1975, a obra foi traduzida para mais de 30 idiomas.
Em suas memórias, a mãe do atual presidente americano, Barbara Bush, culpa Agee pelo assassinato, em 1975, do chefe da CIA em Atenas, Richard Welsh. Foi processada pelo ex-oficial.
Em 2000, Agee fundou a Cubalinda, agência de viagens baseada na internet que, segundo ele, representava "um exemplo moral" para incentivar os americanos a visitar a ilha e investir "com ou sem o embargo", imposto em 1962.


Com agências internacionais


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