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SEGURANÇA NO AR
Fabricante recomenda vistoria mecânica em peça que pode ter derrubado vôo da Alaska Airlines
Boeing pede inspeção em 2.000 aviões
das agências internacionais
A Boeing recomendou a todas
as companhias aéreas que façam
inspeções em seus aviões da linha
MD-80. O anúncio foi feito após
investigadores terem encontrado
uma peça avariada nos destroços
do vôo 261 da Alaska Airlines, o
que pode ter causado sua queda
no mar matando 88 pessoas na
costa da Califórnia (oeste dos
EUA), em janeiro.
A Alaska Airlines anunciou ontem à tarde que estava retirando
de operação dois aviões da linha
MD-80, após inspeções terem
identificado um problema similar
ao encontrado no jato que caiu.
A peça suspeita, conhecida como macaco de rosca, é responsável por movimentar o estabilizador, dispositivo presente na cauda do avião que controla a angulação, para cima ou para baixo, do
"nariz" do avião.
Os dois aviões da Alaska continuarão fora de serviço até serem
examinados por técnicos do
NTSB (órgão dos EUA que cuida
da segurança nos transportes).
Cerca de 2.000 aeronaves de 70
companhias em todo o mundo
devem ser submetidas a inspeções mecânicas.
Além da Alaska, American Airlines, Delta Airlines e Continental
Airlines já iniciaram suas inspeções, mas nenhum problema nestas empresas foi encontrado até
agora. Os vôos com aviões MD-80
não foram cancelados e decolaram normalmente.
Algumas aeronaves MD-90,
DC-9 e Boeing 717 também devem ser submetidas a vistorias
semelhantes.
"Isso é correto e prudente", declarou o porta-voz da Agência
Federal de Aviação (FAA) dos
EUA, Eliot Brenner. "Estamos
conversando com as companhias aéreas e recomendando
que as inspeções sejam feitas o
mais rápido possível."
Caso a peça encontrada nos
destroços do vôo 261 tenha mesmo sido danificada no ar, os pilotos provavelmente perderam o
controle do movimento de subida ou descida da aeronave, que
ia de Puerto Vallarta, no México,
a San Francisco.
O gravador de voz da cabine
do piloto revelou que o avião teve problemas com o estabilizador. O comandante chegou a entrar em contato com a torre de
controle pedindo autorização
para um pouso de emergência
em Los Angeles.
A Marinha norte-americana
continua buscando pedaços dos
destroços do avião da Alaska
Airlines, em busca de novas peças do quebra-cabeça que poderá desvendar a causa da queda.
A operação se concentrava ontem na recuperação de uma parte da aeronave que também teria
se desprendido dela antes do impacto final.
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