São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 2000


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SEGURANÇA NO AR
Fabricante recomenda vistoria mecânica em peça que pode ter derrubado vôo da Alaska Airlines
Boeing pede inspeção em 2.000 aviões

das agências internacionais

A Boeing recomendou a todas as companhias aéreas que façam inspeções em seus aviões da linha MD-80. O anúncio foi feito após investigadores terem encontrado uma peça avariada nos destroços do vôo 261 da Alaska Airlines, o que pode ter causado sua queda no mar matando 88 pessoas na costa da Califórnia (oeste dos EUA), em janeiro.
A Alaska Airlines anunciou ontem à tarde que estava retirando de operação dois aviões da linha MD-80, após inspeções terem identificado um problema similar ao encontrado no jato que caiu.
A peça suspeita, conhecida como macaco de rosca, é responsável por movimentar o estabilizador, dispositivo presente na cauda do avião que controla a angulação, para cima ou para baixo, do "nariz" do avião.
Os dois aviões da Alaska continuarão fora de serviço até serem examinados por técnicos do NTSB (órgão dos EUA que cuida da segurança nos transportes).
Cerca de 2.000 aeronaves de 70 companhias em todo o mundo devem ser submetidas a inspeções mecânicas.
Além da Alaska, American Airlines, Delta Airlines e Continental Airlines já iniciaram suas inspeções, mas nenhum problema nestas empresas foi encontrado até agora. Os vôos com aviões MD-80 não foram cancelados e decolaram normalmente.
Algumas aeronaves MD-90, DC-9 e Boeing 717 também devem ser submetidas a vistorias semelhantes.
"Isso é correto e prudente", declarou o porta-voz da Agência Federal de Aviação (FAA) dos EUA, Eliot Brenner. "Estamos conversando com as companhias aéreas e recomendando que as inspeções sejam feitas o mais rápido possível."
Caso a peça encontrada nos destroços do vôo 261 tenha mesmo sido danificada no ar, os pilotos provavelmente perderam o controle do movimento de subida ou descida da aeronave, que ia de Puerto Vallarta, no México, a San Francisco.
O gravador de voz da cabine do piloto revelou que o avião teve problemas com o estabilizador. O comandante chegou a entrar em contato com a torre de controle pedindo autorização para um pouso de emergência em Los Angeles.
A Marinha norte-americana continua buscando pedaços dos destroços do avião da Alaska Airlines, em busca de novas peças do quebra-cabeça que poderá desvendar a causa da queda.
A operação se concentrava ontem na recuperação de uma parte da aeronave que também teria se desprendido dela antes do impacto final.


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