São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 2000


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"Ela era da família", diz Bonetti

da enviada especial a Greenbelt

Renê Bonetti afirma que ele e a mulher mantiveram Hilda vivendo com eles nos Estados Unidos porque ela era considerada um membro da família, mas que não podia ser considerada uma empregada, por trabalhar menos do que qualquer pessoa na casa.
"Mesmo que ela fosse ineficiente, numa família você não mede isso porque há afeto", afirmou ontem, enquanto esperava o resultado do julgamento.
Bonetti diz que Hilda mais atrapalhava do que ajudava na casa, e acusou-a de roubar alguns objetos da família, mas sustentou que a doméstica e sua mulher, Margarida, tinham um bom relacionamento. Como prova, mostrou um coelho de pelúcia que teria sido dado pela empregada a Margarida dois meses antes de ela deixar a casa do casal, no final de 98.
Segundo o advogado John Maginnis, ela não trabalhava para o casal no Brasil, mas foi trazida porque estava sendo ameaçada pela mulher de seu amante.
Maginnis afirmou ainda que a doméstica é incapaz de cuidar de si própria porque tem uma idade mental equivalente a uma criança de 5 anos. Ele diz que os Bonetti a mantiveram por tanto tempo por uma questão de caridade e também por considerarem "encantador" o fato de ela se comportar como uma criança.
Ao final do julgamento, Bonetti, segundo o advogado, disse: "Só estou preocupado com a Hilda, porque ela é incapaz de se cuidar sozinha no Brasil".


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