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"Ela era da família", diz Bonetti
da enviada especial a Greenbelt
Renê Bonetti afirma que ele e a
mulher mantiveram Hilda vivendo com eles nos Estados Unidos
porque ela era considerada um
membro da família, mas que não
podia ser considerada uma empregada, por trabalhar menos do
que qualquer pessoa na casa.
"Mesmo que ela fosse ineficiente, numa família você não mede
isso porque há afeto", afirmou
ontem, enquanto esperava o resultado do julgamento.
Bonetti diz que Hilda mais atrapalhava do que ajudava na casa, e
acusou-a de roubar alguns objetos da família, mas sustentou que
a doméstica e sua mulher, Margarida, tinham um bom relacionamento. Como prova, mostrou um
coelho de pelúcia que teria sido
dado pela empregada a Margarida dois meses antes de ela deixar a
casa do casal, no final de 98.
Segundo o advogado John Maginnis, ela não trabalhava para o
casal no Brasil, mas foi trazida
porque estava sendo ameaçada
pela mulher de seu amante.
Maginnis afirmou ainda que a
doméstica é incapaz de cuidar de
si própria porque tem uma idade
mental equivalente a uma criança
de 5 anos. Ele diz que os Bonetti a
mantiveram por tanto tempo por
uma questão de caridade e também por considerarem "encantador" o fato de ela se comportar
como uma criança.
Ao final do julgamento, Bonetti,
segundo o advogado, disse: "Só
estou preocupado com a Hilda,
porque ela é incapaz de se cuidar
sozinha no Brasil".
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