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EUA não podem recuar, diz Kissinger
DA REDAÇÃO
O ex-secretário de Estado dos
EUA Henry Kissinger (1973-1977), uma das vozes mais influentes em política externa do Partido Republicano, disse ontem, em artigo no "The Washington Post", que, se os EUA recuarem de um ataque ao Iraque, terá
sua credibilidade comprometida.
"Se a crise terminar sem uma
mudança de regime em Bagdá, se
os EUA mandaram 200 mil tropas
para a região e depois decidirem
retirá-las sem ter alcançado mais
do que uma contenção nebulosa
de um regime que desobedeceu
diretrizes da ONU por mais de
uma década, a credibilidade do
poder americano na guerra contra o terrorismo e das relações internacionais americanas serão gravemente, talvez irreparavelmente, prejudicadas", escreveu o
ex-secretário de Estado.
No artigo, Kissinger analisou as
divisões existentes na Otan. Segundo ele, a aliança militar vive
sua maior crise desde que foi criada, há cinco décadas, após o final
da Segunda Guerra Mundial
(1939-45).
Segundo Kissinger, se o ditador
iraquiano, Saddam Hussein, continuar no poder, baseado na idéia
de que cumpriu satisfatoriamente
as resoluções que exigem seu desarmamento ou de que não há
provas de que ainda possua armas de destruição em massa, as
consequências serão graves.
"As sanções [econômicas] serão
levantadas ou substancialmente
enfraquecidas. O Iraque surgirá
então como o país mais rico da região e possuirá armas de destruição em massa não declaradas ou
desenvolvidas com os recursos
obtidos após o levantamento das
sanções", disse Kissinger.
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