São Paulo, quarta-feira, 11 de fevereiro de 2004

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DISPUTA

Decisão desagrada a liberais

Linha dura iraniana mantém veto eleitoral

DA REUTERS

O conservador Conselho de Guardiães do Irã, que zela pelo respeito da Constituição, manteve seu veto a quase um terço dos pedidos de candidatura à eleição legislativa de 20 de fevereiro, de acordo com a lista final de candidatos divulgada ontem. O órgão aprovou 5.627 candidaturas de um total de 8.144 pedidos, segundo a agência de notícias oficial.
O veto aos pedidos de candidatura gerou uma grave crise política no país, e os reformistas (majoritários entre os vetados) deram início a um protesto no Parlamento. A maior parte deles promete boicotar a eleição legislativa, mas algumas formações liberais, como a do presidente Mohammad Khatami, já anunciaram que participarão da eleição.
Os reformistas, que controlam o Legislativo desde a eleição de 2000, dizem que, com o veto aos pedidos de candidatura, não deverão conseguir nem a metade das 290 cadeiras do Parlamento (Majlis).
"A democracia é um processo previsível com resultados imprevisíveis. O resultado da eleição legislativa se tornou previsível. Não se trata mais, portanto, de uma eleição livre e democrática", afirmou o deputado Ali Tajernia ao tomar conhecimento da decisão.
Um ponto muito importante da crise atual é a aparente falta de interesse da maioria dos estudantes. Segundo especialistas, eles estão decepcionados com os liberais -por causa da ausência de progresso no que concerne à adoção de reformas- e não querem mais apoiar sua causa.


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