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DISPUTA
Decisão desagrada a liberais
Linha dura iraniana mantém veto eleitoral
DA REUTERS
O conservador Conselho de
Guardiães do Irã, que zela pelo
respeito da Constituição, manteve seu veto a quase um terço dos
pedidos de candidatura à eleição
legislativa de 20 de fevereiro, de
acordo com a lista final de candidatos divulgada ontem. O órgão
aprovou 5.627 candidaturas de
um total de 8.144 pedidos, segundo a agência de notícias oficial.
O veto aos pedidos de candidatura gerou uma grave crise política no país, e os reformistas (majoritários entre os vetados) deram
início a um protesto no Parlamento. A maior parte deles promete boicotar a eleição legislativa,
mas algumas formações liberais,
como a do presidente Mohammad Khatami, já anunciaram que
participarão da eleição.
Os reformistas, que controlam o
Legislativo desde a eleição de
2000, dizem que, com o veto aos
pedidos de candidatura, não deverão conseguir nem a metade
das 290 cadeiras do Parlamento
(Majlis).
"A democracia é um processo
previsível com resultados imprevisíveis. O resultado da eleição legislativa se tornou previsível. Não
se trata mais, portanto, de uma
eleição livre e democrática", afirmou o deputado Ali Tajernia ao
tomar conhecimento da decisão.
Um ponto muito importante da
crise atual é a aparente falta de interesse da maioria dos estudantes.
Segundo especialistas, eles estão
decepcionados com os liberais
-por causa da ausência de progresso no que concerne à adoção
de reformas- e não querem mais
apoiar sua causa.
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