São Paulo, segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

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Pré-candidatos intensificam corte a superdelegados

DA REDAÇÃO

Com a prolongada indefinição da disputa democrata pela indicação à Casa Branca nas prévias, Hillary Clinton e Barack Obama vêm cortejando furiosamente os 796 superdelegados de seu partido, que poderão desempatar o resultado, afirma o "New York Times".
Como possuidores de cargos eletivos ou por seu status dentro da agremiação, os chamados superdelegados podem votar em quem quiserem na Convenção Nacional Democrata (25 a 28 de agosto em Denver, Colorado), da qual sairá o candidato do partido para a eleição presidencial, em novembro.
Delegados simples votam atrelados ao resultado das prévias em seus Estados.
O "Times" diz que a campanha de Hillary seleciona cuidadosamente apoiadores para contatar os superdelegados. Seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, sua filha, Chelsea, e a ex-secretária de Estado Madeleine Albright colaboram.
Já Obama encarregou Tom Daschle, ex-líder da maioria no Senado, a governadora do Arizona, Janet Napolitano, e o senador John Kerry para o lobby.
"Estamos todos sendo bombardeados com e-mails", disse ao jornal Donna Brazile, uma superdelegada.
A imprensa faz pesquisas para estimar quantos superdelegados cada candidato conquistou. A CNN estima hoje que a ex-primeira-dama tenha 224 e o senador, 135. Mas os superdelegados podem mudar de idéia a qualquer momento.
E eles enfrentam um dilema: devem respeitar o desejo de seus eleitores e seguir o resultado das prévias ou manter lealdades pessoais?
Para Obama, os superdelegados devem seguir a vontade do povo. "Seria problemático se figurões do partido reverterem a decisão dos eleitores", disse, segundo o "Times". Hillary discorda: "Superdelegados, por definição, devem exercer julgamento independente".
Chris Redfern, líder do Partido Democrata de Ohio, disse ter recebido pedidos de apoio dos dois pré-candidatos. Mas Redfern só escolherá seu candidato ao final das prévias, em junho. "Você quer uma convenção interessante, não quer?"


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