São Paulo, segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

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VENEZUELA

Chávez ameaça suspender venda de petróleo aos EUA

DA REDAÇÃO

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ameaçou parar de vender petróleo para os Estados Unidos, a não ser que eles parem uma "guerra econômica" que incluiria, a seu ver, a ação movida pela Exxon Mobil. A Justiça britânica determinou o congelamento de US$ 12 bilhões em bens da estatal PDVSA.
O presidente alertou que a "agressão" dos EUA, seu principal parceiro comercial, pode levar o preço do barril a US$ 200. "Se vocês nos congelarem, se vocês nos prejudicarem, então nós vamos machucar vocês. Sabem como? Não vamos mais vender óleo para os EUA, Sr. Bush, Sr. Perigo", ameaçou Chávez em seu programa semanal.
Chávez já disse outras vezes que iria parar de vender petróleo para os EUA. Mas o país, apesar das divergências entre seus líderes, é seu maior parceiro comercial. "Nunca mais vão nos roubar, os bandidos da Exxon Mobil. Eles são imperialistas", disse o venezuelano.
Ainda no programa "Alô Presidente", Chávez voltou a acusar os EUA de enviarem forças paramilitares da Colômbia para a Venezuela, com o objetivo de desestabilizar as áreas fronteiriças e armar gangues em Caracas.
Na capital, os paramilitares "trabalham nos bairros [pobres], vendendo cocaína a preços baixos para ganhar as gangues e equipá-las com armas de guerra", disse, ameaçando ir a cortes internacionais, sem citar quais, denunciar o suposto esquema.
Chávez também ameaçou expropriar fábricas da Parmalat e da Nestlé. Segundo ele, não adianta a Venezuela abrir cooperativas processadoras de leite, algo freqüente em seu governo, "se depois a matéria-prima vai para as estrangeiras".


Com agências internacionais

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