São Paulo, quarta-feira, 11 de março de 2009

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EUROPA

Irlanda do Norte prende radicais por morte de policial

DA REDAÇÃO

A polícia da Irlanda do Norte prendeu ontem dois homens -um de 37 anos e um de 17- pelo assassinato de um policial, na véspera, em Craigavon. O IRA da Continuidade (IRA-C), cisão do grupo separatista desmobilizado IRA (Exército Republicano Irlandês), reivindicou a autoria do ataque.
O atentado, dois dias depois de dois soldados terem sido mortos a tiros em uma base militar, reavivou o fantasma do longo conflito civil que deixou mais de 3.500 mortos no país, um dos quatro que compõem o Reino Unido. A ação de sábado foi atribuída ao também dissidente IRA Autêntico, responsável pelo atentado de Omargh, que matou 29 pessoas em 1998.
Os ataques aconteceram poucos dias depois de o Serviço de Polícia de Irlanda do Norte (PSNI) informar que solicitou a intervenção dos serviços secretos (o MI-5) e das Forças Armadas britânicas para combater a crescente ameaça de facções dissidentes do IRA. Segundo o Reino Unido, não há previsão de retomada do patrulhamento ostensivo das ruas, suspenso em 2007.
Os grupos dissidentes do IRA não aceitam o acordo de paz de 1998, que deitou as bases para a criação do governo partilhado entre católicos e protestantes, e defendem a união do país com a também católica Irlanda. "Enquanto os britânicos estiverem na Irlanda, os ataques continuarão", disse o IRA da Continuidade, em mensagem a uma agência de notícias.
O premiê irlandês, Brian Cowen, repudiou os atentados, assim como o britânico Gordon Brown. Para autoridades da União Europeia, os ataques são "pontuais".

Com agências internacionais


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