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EUROPA
Irlanda do Norte prende radicais por morte de policial
DA REDAÇÃO
A polícia da Irlanda do
Norte prendeu ontem dois
homens -um de 37 anos e
um de 17- pelo assassinato
de um policial, na véspera,
em Craigavon. O IRA da
Continuidade (IRA-C), cisão
do grupo separatista desmobilizado IRA (Exército Republicano Irlandês), reivindicou a autoria do ataque.
O atentado, dois dias depois de dois soldados terem
sido mortos a tiros em uma
base militar, reavivou o fantasma do longo conflito civil
que deixou mais de 3.500
mortos no país, um dos quatro que compõem o Reino
Unido. A ação de sábado foi
atribuída ao também dissidente IRA Autêntico, responsável pelo atentado de
Omargh, que matou 29 pessoas em 1998.
Os ataques aconteceram
poucos dias depois de o Serviço de Polícia de Irlanda do
Norte (PSNI) informar que
solicitou a intervenção dos
serviços secretos (o MI-5) e
das Forças Armadas britânicas para combater a crescente ameaça de facções dissidentes do IRA. Segundo o
Reino Unido, não há previsão de retomada do patrulhamento ostensivo das ruas,
suspenso em 2007.
Os grupos dissidentes do
IRA não aceitam o acordo de
paz de 1998, que deitou as bases para a criação do governo
partilhado entre católicos e
protestantes, e defendem a
união do país com a também
católica Irlanda. "Enquanto
os britânicos estiverem na
Irlanda, os ataques continuarão", disse o IRA da Continuidade, em mensagem a
uma agência de notícias.
O premiê irlandês, Brian
Cowen, repudiou os atentados, assim como o britânico
Gordon Brown. Para autoridades da União Europeia, os
ataques são "pontuais".
Com agências internacionais
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