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Agências humanitárias criticam
coalizão por não conter os saques
DA REUTERS
Funcionários de agências internacionais criticaram ontem militares americanos e britânicos,
afirmando que sua inabilidade
para controlar os saques no Iraque ameaça aprofundar a crise
humanitária e de saúde no país.
"Não há absolutamente nenhuma segurança nas ruas", disse Veronique Taveau, porta-voz do Escritório do Coordenador Humanitário das Nações Unidas para o
Iraque. "Todos os prédios oficiais
e a maioria dos da ONU foram saqueados. A assistência humanitária será prejudicada."
Taveau disse que uma das obrigações das forças de ocupação,
sob o direito internacional, é impedir o caos. "Essa inação pelas
forças de ocupação viola as Convenções de Genebra."
Wivina Belmonte, porta-voz do
Unicef (Fundo das Nações Unidas
para a Infância), disse que o escritório do órgão em Bagdá foi saqueado. "Telefones, cadeiras, praticamente tudo foi levado."
Peter Kessler, porta-voz do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados),
afirmou que um estado de desordem pode provocar um êxodo de
refugiados aos países vizinhos.
"É absolutamente condenável
que guardas não possam ser mobilizados às portas das agências
da ONU para que seus bens sejam
protegidos", disse Kessler. "Oportunidades de levar suprimentos às
cidades estão sendo perdidas."
A porta-voz da OMS (Organização Mundial da Saúde) Fadela
Chaid afirmou que nem mesmo
hospitais foram poupados. "A habilidade dos funcionários de hospitais de fazer seu trabalho está
sendo severamente reduzida pela
falta de ordem" em Bagdá, disse.
O Comitê Internacional da Cruz
Vermelha afirmou ontem que saqueadores armados levaram tudo
o que havia no hospital Al Kindi,
em Bagdá, incluindo camas, equipamento cirúrgico e tomadas.
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