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São Paulo, sexta-feira, 11 de abril de 2003

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Agências humanitárias criticam coalizão por não conter os saques

DA REUTERS

Funcionários de agências internacionais criticaram ontem militares americanos e britânicos, afirmando que sua inabilidade para controlar os saques no Iraque ameaça aprofundar a crise humanitária e de saúde no país.
"Não há absolutamente nenhuma segurança nas ruas", disse Veronique Taveau, porta-voz do Escritório do Coordenador Humanitário das Nações Unidas para o Iraque. "Todos os prédios oficiais e a maioria dos da ONU foram saqueados. A assistência humanitária será prejudicada."
Taveau disse que uma das obrigações das forças de ocupação, sob o direito internacional, é impedir o caos. "Essa inação pelas forças de ocupação viola as Convenções de Genebra."
Wivina Belmonte, porta-voz do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), disse que o escritório do órgão em Bagdá foi saqueado. "Telefones, cadeiras, praticamente tudo foi levado."
Peter Kessler, porta-voz do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), afirmou que um estado de desordem pode provocar um êxodo de refugiados aos países vizinhos.
"É absolutamente condenável que guardas não possam ser mobilizados às portas das agências da ONU para que seus bens sejam protegidos", disse Kessler. "Oportunidades de levar suprimentos às cidades estão sendo perdidas."
A porta-voz da OMS (Organização Mundial da Saúde) Fadela Chaid afirmou que nem mesmo hospitais foram poupados. "A habilidade dos funcionários de hospitais de fazer seu trabalho está sendo severamente reduzida pela falta de ordem" em Bagdá, disse.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha afirmou ontem que saqueadores armados levaram tudo o que havia no hospital Al Kindi, em Bagdá, incluindo camas, equipamento cirúrgico e tomadas.


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