das agências internacionais

Tropas da Turquia mataram 44 guerrilheiros curdos em uma ofensiva realizada no norte do Iraque. Os ataques foram uma reação à morte de oito soldados turcos em combate.
Os enfrentamentos ocorreram na noite de sexta para sábado e envolveram 5.000 soldados, helicópteros e jatos. Soldados fecharam com blindados a fronteira com o Irã, para evitar que os guerrilheiros fujam para o país.
A Turquia combate rebeldes curdos do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), que lutam pelo estabelecimento de um Estado autônomo que englobaria a região sudeste de seu território. Segundo as autoridades turcas, 15 guerrilheiros foram capturados na operação.
O principal líder do PKK, Abdullah Ocalan, está detido na Turquia desde fevereiro. Ele foi capturado no Quênia por um comando turco.
Seu julgamento deve ocorrer dentro de algumas semanas. O governo de Ancara o acusa pela morte de 29 mil pessoas, saldo dos 14 anos de luta entre o PKK e o Exército turco. Ocalan pode ser condenado à morte.
A Turquia diz que está perto de derrotar militarmente o PKK e afirma que a prisão de Ocalan abalou o grupo, deixando-o sem comando.
Ocalan emitiu ontem, por meio de seus advogados, um comunicado em que pede que o PKK não realize ações violentas no período que antecede as eleições turcas. O pleito está marcado para o próximo dia 18. Na noite de anteontem, guerrilheiros do PKK sequestraram um candidato conservador no sudeste do país.
"Pelo menos até que a atitude dos novos Parlamento e governo seja vista, uma política baseada em paz social, perdão e fraternidade deve ser adotada", disse Ocalan.
Nas últimas semanas, ocorreram diversos atentados no país. As ações foram reivindicadas por grupos curdos que estariam vingando a prisão de Ocalan.



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