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Jornalistas têm ações de sites
No mundo da mídia on line,
existem jornais pequenos, mas
há também lucrativos sites de informações financeiras e técnicas,
como o TheStreet.com. Parte de
suas ações pertence aos jornalistas que os produzem.
Devido a isso, as 15 universidades dos EUA que oferecem formação específica em jornalismo
on line acrescentaram aos cursos
de reportagem e de criação de
páginas na Internet algumas disciplinas de administração.
A partir do próximo ano escolar, Wall Street não terá mais segredos para os alunos de comunicação da Universidade da Califórnia do Sul, em Los Angeles. Os
estudantes terão cursos de administração, gestão financeira e iniciação à Bolsa de Valores.
A mesma coisa está acontecendo no curso de jornalismo da
Universidade de Berkeley.
A questão do comércio eletrônico marcou a conferência sobre
"Jornalismo on line: do meio à
mensagem", realizada recentemente no campus da Universidade de Berkeley, berço do movimento estudantil esquerdista
americano nos anos 60.
Mas nenhum dos participantes
se aprofundou na discussão das
questões éticas envolvidas no
jornalismo on line, entre elas o
risco de submissão dos sites a
seus anunciantes.
Os jornais on line gratuitos derivam sua receita da venda de espaços publicitários e dos links
que oferecem a sites de comércio
eletrônico.
Todos ouviram com atenção o
relato feito pelo jornalista Michael Lewis sobre seu erro infeliz
de previsão. Lewis, considerado
um dos mais brilhantes jornalistas financeiros dos Estados Unidos, disse o que já tinha revelado
a seus alunos de jornalismo em
Berkeley: como ele -"pobre
idiota", em suas próprias palavras- preferiu escrever artigos
mal pagos para o prestigioso suplemento dominical do jornal
"The New York Times", com 4
milhões de leitores, a tornar-se
multimilionário, trabalhando
para um site que tinha 30 mil assinantes na Internet.
Em 96, Lewis rejeitou a oferta
feita pelos fundadores da TheStreet.com. Eles lhe ofereceram
2,5% da empresa em troca de
uma coluna semanal. Lewis não
previu que o site iria tornar-se
um grande sucesso e que, em fevereiro, o "The New York Times" iria investir US$ 15 milhões
na aquisição de 7,5% dele. Diante da platéia atônita, concluiu:
"As ações que recusei na época
hoje estariam valendo entre US$
5 milhões e US$ 10 milhões".
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