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Fidel desafia EUA
a provar acusação
sobre armamento
DA REDAÇÃO
O ditador de Cuba, Fidel Castro, rebateu ontem as acusações dos EUA de que seu país
estaria desenvolvendo armas
biológicas e desafiou as autoridades americanas a apresentarem provas de suas alegações.
Em discurso de 35 minutos
transmitido ao vivo pela TV,
ontem à noite, Fidel qualificou
as acusações, que incluíam um
suposto fornecimento de biotecnologia a países inimigos
dos EUA, de "uma série de
mentiras olímpicas".
As acusações haviam sido feitas na segunda-feira por John
Bolton, subsecretário de Estado dos EUA. Fidel desafiou-o a
apresentar "a mais mínima
prova". "Ele não as tem. E não
as tem porque não existem, e
não podem existir", disse.
"Ninguém nunca apresentou
uma simples evidência de que
nossa nação concebeu um programa para desenvolver armas
nucleares, químicas ou biológicas", disse Fidel. "As portas de
nossas instalações estão abertas. Cuba não tem nada a esconder", afirmou.
Segundo ele, se um cientista
cubano, por sua conta ou em
colaboração com outro país,
resolver desenvolver uma tecnologia desse tipo, "será submetido de imediato aos tribunais de Justiça". Fidel disse que
as leis cubanas prevêem penas
de 10 a 30 anos de prisão, cadeia
perpétua ou até pena de morte
para crimes como esse.
Para ele, os EUA pretendem,
com as acusações, "confundir e
desalentar" os setores da sociedade americana que se opõem
ao embargo comercial contra
Cuba, vigente desde 1962. Fidel
disse que a política dos EUA
com relação a Cuba segue "um
caminho tortuoso, cheio de
mentiras, fracassos e desacertos" e que, por isso, "não lhes
resta outra alternativa a mentir,
mentir, mentir".
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