São Paulo, segunda-feira, 11 de junho de 2001

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CONFLITO

EUA propõem plano de trégua

Ataque de Israel mata 3 palestinas em Gaza

DA REDAÇÃO

Três mulheres palestinas foram mortas anteontem em ataque de tanques de Israel contra a faixa de Gaza, e os governos israelense e palestino discutiram ontem uma proposta americana para o fim da onda de violência na região.
As palestinas morreram por causa de ferimentos provocados por estilhaços. Nessra Malaha, 65, Salimia Malaha, 65, e Hikmet Malaha, 25, eram beduínas de uma mesma família e viviam perto do assentamento de Netzarim.
Elas foram as primeiras vítimas fatais do conflito israelo-palestino desde que o líder Iasser Arafat, pressionado pela comunidade internacional a seguir a iniciativa do premiê Ariel Sharon, declarou um cessar-fogo, em 2 de junho. O Exército israelense disse que reagiu em retaliação a tiros contra um posto militar perto da colônia.
Em mais uma tentativa de pôr um fim à espiral de violência e consolidar a trégua vigente, os EUA apresentaram um plano com medidas que Israel e palestinos deveriam cumprir.
Os diplomatas americanos não revelaram o que o chefe da CIA (serviço de inteligência dos EUA), George Tenet, discutiu com os chefes de segurança israelenses e palestinos em reuniões realizadas desde a sexta-feira, quando a proposta dos EUA foi formulada. A Rádio Israel afirmou, contudo, ter tido acesso ao documento.
Segundo a rádio, a Autoridade Nacional Palestina deveria prender os militantes islâmicos soltos durante o levante e reprimir ataques a Israel. Os israelenses, por sua vez, teriam de cessar os ataques contra alvos palestinos e recuar suas tropas às posições que mantinham antes da eclosão da revolta, em setembro passado.
A reunião tripartite de ontem durou pouco. Uma fonte indicou que a delegação americana, insatisfeita com a reação dos chefes da segurança palestina ao documento, regressou rapidamente para Jerusalém. Um novo encontro deverá ocorrer hoje. "Tenet fez a melhor sugestão para os dois lados -ainda que não seja perfeita", disse o chanceler de Israel, Shimon Peres.



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