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ARGENTINA
Objetivo é fugir de assédio
Menem deve solicitar mudança de domicílio
ROGERIO WASSERMANN
DE BUENOS AIRES
Os advogados do ex-presidente
argentino Carlos Menem (1989-1999), que está em prisão domiciliar desde a quinta-feira passada,
podem pedir hoje a sua transferência para outro imóvel.
Segundo os amigos mais próximos, Menem não está satisfeito
com a chácara de 900 m2 em Don
Torcuato, na Grande Buenos Aires, por sentir-se invadido em sua
privacidade pelo constante assédio de jornalistas e curiosos.
Menem teve a prisão ordenada
na quinta-feira pelo juiz federal
Jorge Urso, que o acusa de chefiar
uma quadrilha que contrabandeou armas argentinas para
Equador e Croácia entre 1991 e
1995. Outros três colaboradores
de seu governo -seu ex-cunhado e ex-assessor, Emir Yoma, o
ex-ministro da Defesa Antonio
Erman González e o ex-comandante do Exército Martín Balza-
também estão presos acusados de
envolvimento no caso.
Menem, que nega envolvimento com o contrabando e diz estar
sendo vítima de uma perseguição
política, tem direito à prisão domiciliar por já ter completado 70
anos. A apresentadora chilena
Cecilia Bolocco, 36, com quem se
casou no dia 26, permanece com
ele na chácara.
Na tarde de anteontem, o ex-presidente saiu pela primeira vez
da casa e passou alguns minutos
lendo um livro no quintal. A casa
é propriedade de Armando Gostanián, presidente da Casa da
Moeda durante seu governo.
Os advogados Mariano Cavagna Martínez e Oscar Roger, que
defendem Menem, devem se reunir hoje com o juiz Urso para solicitar uma mudança de domicílio e
fixar as regras para a prisão domiciliar, o que poderia significar
uma restrição no horário de visitas, até agora liberadas.
Entre as possibilidades estudadas para a possível transferência
de Menem, a mais provável é alguma chácara ou fazenda, também cedida por algum amigo,
mais afastada e de acesso mais difícil que a de Don Torcuato.
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