|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ORIENTE MÉDIO
Palestino está cercado por tanques de Israel em seu QG em Ramallah
Juntos, Bush e Sharon criticam Arafat
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George W. Bush, recebeu o premiê israelense, Ariel Sharon, na Casa Branca ontem, e os dois líderes manifestaram frustração com a atuação do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat.
Foi o sexto entre os dois desde a posse de Sharon, em março de
2001, enquanto Bush se recusa a encontra Arafat. Ele ocorreu enquanto tropas israelenses voltavam a cercar o QG do líder palestino em Ramallah (Cisjordânia).
"A questão não é Arafat, e sim o
povo palestino", disse Bush, ao
ser indagado sobre desejo de
membros do governo israelense
de expulsar o palestino dos territórios ocupados. Ele acrescentou
que Arafat decepcionou a população palestina ao não promover
desenvolvimento econômico e
político e também Israel, por não
ter garantido sua segurança.
Sharon, por sua vez, disse ser
preciso "um parceiro nas negociações. E, no momento, não vemos um parceiro [palestino" com
quem possamos negociar".
O presidente dos EUA disse que
discutiu no encontro as reformas
na ANP, consideradas necessárias
para o restabelecimento da confiança entre israelenses e palestinos, colocando um fim à violência
na região.
Para Bush, a ANP está distante
de conseguir concretizar as reformas, o que pode atrapalhar a realização de conferência de paz para
o Oriente Médio. "As condições
[para a realização da conferência"
ainda não puderam ser estabelecidas, pois ninguém tem confiança no governo palestino que está
surgindo", disse o presidente
americano.
Bush acrescentou que, em primeiro lugar, "é preciso saber
quais são as instituições necessárias para dar esperança ao povo
palestino e confiança aos israelenses de que no governo [palestino"
há alguém com quem negociar".
No fim de semana, Arafat anunciou a redução do seu gabinete de
31 para 21 ministros, o que pode
abrir caminho para uma ampla
reforma de seu governo, como cobram Israel e EUA. Israel considerou insuficiente a iniciativa.
De acordo com a rádio do Exército de Israel, o presidente do Egito, Hosni Mubarak, teria dito a
Bush que, se Arafat não levar
adiante as reformas na ANP, ele
mesmo atuará para remover o líder palestino de seu cargo.
Cerco a Ramallah
Bush evitou condenar o novo
cerco israelense ao quartel-general de Arafat em Ramallah, afirmando que "Israel tem o direito
de se defender". Israel diz que a
ação terá duração limitada e é
uma resposta a atentado suicida
do grupo extremista islâmico palestino Jihad Islâmico contra um
ônibus em Israel, que matou 17
passageiros.
Tanques e blindados israelenses, escoltados por helicópteros,
entraram na cidade, cercaram o
quartel-general de Arafat e impuseram toque de recolher. Um policial palestino foi morto. Dezenas
de pessoas foram presas. Segundo
assessores do líder palestino, ele
está dentro do complexo, no qual
chegou a ficar cercado por cerca
de cinco meses.
O ministro da Informação palestino, Iasser Abed Raboo, disse
que Israel busca destruir a ANP e
que a visita de Sharon demonstra
que "o governo dos EUA apóia a
operação e a ocupação israelense". O porta-voz da Casa Branca,
Ari Fleischer, disse que ação israelense é limitada e tem o objetivo
de prender terroristas.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Patrulha: Bairros terão guarda judaica armada em NY Próximo Texto: Em SP, líder judeu defende Israel Índice
|