DA REDAÇÃO

Análises forenses revelaram que um homem morto em um posto de gasolina na Virgínia anteontem foi a sétima vítima fatal de um atirador na área de Washington, afirmou a polícia ontem.
Dean Meyers, 53, foi morto em um posto de gasolina em Manassas, 48 km a sudoeste da capital americana pouco depois das 20h (21h em Brasília) de anteontem, quando havia acabado de encher o tanque de gasolina de seu carro.
"Análises forenses concluíram que os casos estão relacionados", afirmou o chefe da polícia do Condado de Prince William, Charlie Deane.
Desde o dia 2, o atirador matou sete pessoas -três delas em postos de gasolina- e feriu duas na área de Washington. Todas as vítimas foram baleadas com um único disparo, e análises forenses indicam que os crimes foram cometidos com o mesmo fuzil de calibre .223 (5,56 mm).
Manassas fica a cerca de 50 km dos subúrbios de Maryland onde ocorreu a maioria dos assassinatos. Uma mulher já havia sido ferida na Virgínia, em Fredericksburg, a 48 km de Manassas.
A polícia disse ontem que estava procurando uma minivan branca, possivelmente uma Dodge Caravan, vista transitando em alta velocidade logo após o disparo no posto de gasolina na Virgínia.
Segundo fontes na polícia citadas pela imprensa dos EUA, o atirador deixou na terça-feira uma carta de tarô representando a morte com a mensagem "caro policial, eu sou Deus" perto do local onde um menino de 13 anos foi ferido em Bowie (Maryland).

Crítica
O jornal "The Washington Post" sugeriu em um editorial ontem que a política do governo em relação às armas é ao menos parcialmente responsável pelos crimes, já que, em Estados como a Virgínia, "qualquer um pode comprar uma arma sem ter de responder a nenhuma pergunta".
"O presidente [George W.] Bush, que fala de medidas preventivas na batalha contra o terrorismo global, deveria considerar uma abordagem semelhante em relação ao terrorismo em seu próprio quintal", afirma o jornal.