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QUEM É
Premiada defende mulheres, crianças e presos políticos
DA REDAÇÃO
Shirin Ebadi, 56, foi uma das
primeiras mulheres a se tornarem juízas na rígida sociedade
iraniana. Formada em direito
pela Universidade de Teerã, ela
trabalhou como presidente da
corte municipal da capital de
1975 a 1979, quando, com a Revolução Islâmica, foi forçada a
abandonar o posto.
Desde então, exerce a advocacia e leciona na Universidade
de Teerã, privilegiando, em seu
trabalho, a defesa dos direitos
humanos -sobretudo das
mulheres, das crianças, dos refugiados e dos réus políticos.
Essa atitude já fez com que
fosse presa em diversas ocasiões, sendo a mais polêmica a
ocorrida durante a investigação dos ataques a estudantes na
Universidade de Teerã, em
1999.
Nesse campo, a advogada
fundou a Associação de Apoio
aos Direitos das Crianças no
Irã, a qual dirige, e escreveu livros como "Os Direitos das
Crianças - um Estudo dos Aspectos Legais dos Direitos das
Crianças no Irã".
Seu trabalho é reconhecido
pela promoção de soluções democráticas e pacíficas a debates
políticos intrincados.
Em seu país natal, Ebadi se
tornou famosa pela defesa de
vítimas de ataques promovidos
por grupos conservadores e pela defesa da liberdade de expressão e de religião.
Entre suas defesas mais célebres está a das famílias dos escritores e intelectuais vítimas
de assassinatos em série entre
1999 e 2000. Internacionalmente, Ebadi representa o Irã reformista e defende uma nova interpretação da lei islâmica, a
sharia, que privilegie os direitos
humanos, além de pregar o
diálogo entre religiões.
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