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Baixas temperaturas preocupam socorristas
DA REDAÇÃO
Independentemente do auxílio
internacional imediato, o Comitê
Internacional da Cruz Vermelha
está preocupado em auxiliar os
2,5 milhões de desabrigados no
Paquistão e na Índia a reconstruir
suas casas, já que as tendas agora
distribuídas serão insuficientes
com a chegada do inverno.
A região da Caxemira, disse à
Folha Caspar Landolt, um dos
porta-vozes da organização humanitária na região, está na encosta de montanhas e registra
temperaturas negativas.
Em Islamabad, capital paquistanesa também atingida pelo terremoto e onde o frio é menor, a
temperatura chega a cair a 3C em
dezembro.
Na Índia, diz ele, o governo conseguiu suprir seus flagelados com
medicamentos, alimentos e roupas quentes. O Paquistão é objeto
de um esforço maior, com o deslocamento de auxílio da Cruz
Vermelha do Afeganistão.
Equipes de resgate da Rússia, do
Japão, do Reino Unido e da Turquia chegaram ontem a Muzaffarabad, capital da Caxemira paquistanesa. A estrada à cidade foi
desbloqueada somente anteontem à noite.
Os EUA se comprometeram
com uma ajuda inicial de R$ 50
milhões e oito helicópteros, que
entrarão hoje em operação. A
União Européia ofereceu US$ 4,4
milhões, a China, US$ 6,2 milhões
e ainda cães farejadores, médicos
e alimentos.
Oito coordenadores da ONU assumiram a gestão da operação em
locais já acessíveis. O Alto Comissariado de Refugiados deslocou
caminhões de Peshawar, próxima
à fronteira afegã, para o transporte de víveres, e a Unicef, órgão para a infância, lançou um apelo internacional para arrecadar US$ 20
milhões.
"Nas regiões mais atingidas,
uma entre cada cinco vítimas é
uma criança com menos de 5
anos, e a metade dos sobreviventes têm menos de 18 anos", disse
um porta-voz da agência.
O Banco de Desenvolvimento
Asiático anunciou a liberação de
US$ 10 milhões para projetos nas
áreas paquistanesas mais afetadas
pelo tremor.
A Otan (aliança militar ocidental) ofereceu ao Paquistão aviões,
soldados e ajuda humanitária,
além de deslocar 50 militares alemães lotados no Afeganistão para
o Paquistão. Berlim cedeu ainda
helicópteros.
Entre os países árabes, especialmente solidários com o Paquistão
islâmico, o Kuait doou US$ 100
milhões, e o Iêmen enviou dois
aviões. A Malásia enviou 46 pessoas, entre elas 18 médicos, e ainda uma ajuda de US$ 1 milhão.
A Coréia do Sul prometeu US$ 3
milhões e uma equipe de socorristas. A Austrália, que de início prometera US$ 380 mil, aumentou
sua oferta para US$ 4,2 milhões. A
África do Sul está enviando 18
médicos e 30 toneladas de alimentos. Entre os países da União Européia, também integram a operação o Reino Unido, a Espanha, a
França, a Holanda e a Itália.
Com agências internacionais
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