São Paulo, terça-feira, 11 de outubro de 2005

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Baixas temperaturas preocupam socorristas

DA REDAÇÃO

Independentemente do auxílio internacional imediato, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha está preocupado em auxiliar os 2,5 milhões de desabrigados no Paquistão e na Índia a reconstruir suas casas, já que as tendas agora distribuídas serão insuficientes com a chegada do inverno.
A região da Caxemira, disse à Folha Caspar Landolt, um dos porta-vozes da organização humanitária na região, está na encosta de montanhas e registra temperaturas negativas.
Em Islamabad, capital paquistanesa também atingida pelo terremoto e onde o frio é menor, a temperatura chega a cair a 3C em dezembro.
Na Índia, diz ele, o governo conseguiu suprir seus flagelados com medicamentos, alimentos e roupas quentes. O Paquistão é objeto de um esforço maior, com o deslocamento de auxílio da Cruz Vermelha do Afeganistão.
Equipes de resgate da Rússia, do Japão, do Reino Unido e da Turquia chegaram ontem a Muzaffarabad, capital da Caxemira paquistanesa. A estrada à cidade foi desbloqueada somente anteontem à noite.
Os EUA se comprometeram com uma ajuda inicial de R$ 50 milhões e oito helicópteros, que entrarão hoje em operação. A União Européia ofereceu US$ 4,4 milhões, a China, US$ 6,2 milhões e ainda cães farejadores, médicos e alimentos.
Oito coordenadores da ONU assumiram a gestão da operação em locais já acessíveis. O Alto Comissariado de Refugiados deslocou caminhões de Peshawar, próxima à fronteira afegã, para o transporte de víveres, e a Unicef, órgão para a infância, lançou um apelo internacional para arrecadar US$ 20 milhões.
"Nas regiões mais atingidas, uma entre cada cinco vítimas é uma criança com menos de 5 anos, e a metade dos sobreviventes têm menos de 18 anos", disse um porta-voz da agência.
O Banco de Desenvolvimento Asiático anunciou a liberação de US$ 10 milhões para projetos nas áreas paquistanesas mais afetadas pelo tremor.
A Otan (aliança militar ocidental) ofereceu ao Paquistão aviões, soldados e ajuda humanitária, além de deslocar 50 militares alemães lotados no Afeganistão para o Paquistão. Berlim cedeu ainda helicópteros.
Entre os países árabes, especialmente solidários com o Paquistão islâmico, o Kuait doou US$ 100 milhões, e o Iêmen enviou dois aviões. A Malásia enviou 46 pessoas, entre elas 18 médicos, e ainda uma ajuda de US$ 1 milhão.
A Coréia do Sul prometeu US$ 3 milhões e uma equipe de socorristas. A Austrália, que de início prometera US$ 380 mil, aumentou sua oferta para US$ 4,2 milhões. A África do Sul está enviando 18 médicos e 30 toneladas de alimentos. Entre os países da União Européia, também integram a operação o Reino Unido, a Espanha, a França, a Holanda e a Itália.


Com agências internacionais

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