|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
memória
Guerra Civil matou cerca de 500 mil
DA REPORTAGEM LOCAL
A Guerra Civil Espanhola foi no século 20 o primeiro grande confronto
entre blocos ideológicos.
Envolveu forças locais,
mas também a União Soviética, a Itália fascista e a
aviação de Hitler.
A Espanha ainda funcionou como laboratório ao
conflito que eclodiria em
1939 na Europa.
Republicana a partir de
1931, ela elegeu em fevereiro de 1936 um governo
de esquerda. Cinco meses
depois a direita desencadeava um golpe militar no
Marrocos e nas Ilhas Canárias. Sevilha, Granada e
Córdoba logo cairiam nas
mãos dos rebeldes.
Cerca de 40 mil estrangeiros estimulados por
Moscou participaram das
Brigadas Internacionais.
Intelectuais como Ernest
Hemingway e André Malraux glamourizaram a
causa republicana.
A longa guerra de posições permitiu que os nacionalistas, comandados
pelo general Francisco
Franco, tomassem Madri
(1938) e em seguida Barcelona (1939), de onde o governo republicano partiu
para o exílio na França.
Foram fuzilados padres,
líderes sindicais, militantes da esquerda, dirigentes
de entidades católicas ou
universitários engajados
nos dois campos. O número de mortos excedeu de
longe o número de prisioneiros, com a institucionalização do ódio ideológico.
Os republicanos tinham
uma base de apoio heterogênea. Eram socialistas
moderados, mas também
anarquistas ávidos de suprimir a religião e duas
facções comunistas -partidárias de Trotsky e Stálin- que chegaram a lutar
uma contra a outra em
Madri.
Quanto aos nacionalistas, além do Exército,
eram apoiados por um leque que cobria da intelectualidade católica aos proprietários rurais.
Não há estimativa precisa sobre o número de mortos. Teria sido meio milhão. Além dos combatentes, há os civis fuzilados
pelos dois campos, vítimas
civis de bombardeios, de
epidemias e da fome.
(JBN)
Texto Anterior: Valle de los Caídos será dessacralizado Próximo Texto: Em escalada militar, China amplia sua defesa aérea Índice
|