São Paulo, sábado, 11 de outubro de 2008

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Quito adia o decreto sobre contratos

FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A QUITO

Em dia de feriado nacional, o governo equatoriano adiou novamente o decreto que regulamentará a rescisão do contrato dos quatro projetos da Odebrecht no país. A expectativa agora é de que o presidente Rafael Correa anuncie as medidas hoje de manhã, durante o seu programa semanal de TV.
Até ontem, o único alto funcionário do governo equatoriano que havia comentado a crise diplomática com o Brasil foi o ministro-coordenador de Áreas Estratégicas, Galo Borja.
Em entrevista ao jornal equatoriano "El Comercio" publicada hoje, Borja repetiu o discurso de Correa de que "o problema é com uma empresa, e não com o Brasil".
Borja prometeu divulgar um relatório com as irregularidades supostamente cometidas pela Odebrecht nos quatro projetos dos quais participa, que somam orçamentos de US$ 650 milhões, segundo a empresa.
Ontem, havia a previsão de um comunicado da Chancelaria equatoriana em resposta à decisão do Brasil de suspender a visita de uma missão técnica como retaliação ao fim dos contratos da construtora brasileira e à ameaça de expulsar a Petrobras.
Até o fechamento desta edição, no entanto, nada havia sido divulgado.
A Folha confirmou que os dois funcionários da Odebrecht impedidos há 17 dias de sair do Equador não estão mais na residência oficial da Embaixada do Brasil em Quito, onde haviam se refugiado logo após o decreto presidencial que retirou seus direitos constitucionais.
Aparentemente sem risco de serem presos, eles estão numa casa particular em Quito. A expectativa da Odebrecht é de que o governo equatoriano permita a saída dos dois funcionários do país dentro do decreto que regulará a rescisão dos contratos.


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