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Quito adia o decreto sobre contratos
FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A QUITO
Em dia de feriado nacional, o governo equatoriano
adiou novamente o decreto
que regulamentará a rescisão do contrato dos quatro
projetos da Odebrecht no
país. A expectativa agora é de
que o presidente Rafael Correa anuncie as medidas hoje
de manhã, durante o seu programa semanal de TV.
Até ontem, o único alto
funcionário do governo
equatoriano que havia comentado a crise diplomática
com o Brasil foi o ministro-coordenador de Áreas Estratégicas, Galo Borja.
Em entrevista ao jornal
equatoriano "El Comercio"
publicada hoje, Borja repetiu
o discurso de Correa de que
"o problema é com uma empresa, e não com o Brasil".
Borja prometeu divulgar
um relatório com as irregularidades supostamente cometidas pela Odebrecht nos
quatro projetos dos quais
participa, que somam orçamentos de US$ 650 milhões,
segundo a empresa.
Ontem, havia a previsão de
um comunicado da Chancelaria equatoriana em resposta à decisão do Brasil de suspender a visita de uma missão técnica como retaliação
ao fim dos contratos da construtora brasileira e à ameaça
de expulsar a Petrobras.
Até o fechamento desta
edição, no entanto, nada havia sido divulgado.
A Folha confirmou que os
dois funcionários da Odebrecht impedidos há 17 dias
de sair do Equador não estão
mais na residência oficial da
Embaixada do Brasil em
Quito, onde haviam se refugiado logo após o decreto
presidencial que retirou seus
direitos constitucionais.
Aparentemente sem risco
de serem presos, eles estão
numa casa particular em
Quito. A expectativa da Odebrecht é de que o governo
equatoriano permita a saída
dos dois funcionários do país
dentro do decreto que regulará a rescisão dos contratos.
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