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FURACÃO MITCH
Valor ainda não é suficiente para reconstruir os países atingidos, que dizem precisar de US$ 3,5 bilhões
América Central recebe US$ 742,6 mi
das agências internacionais
Os países afetados pelo furacão
Mitch, na América Central, conseguiram ontem pelo menos US$
742,6 milhões para ajudar na reconstrução das regiões destruídas.
O maior auxílio, de US$ 300 milhões, foi anunciado pelo Banco de
Integração Econômica da América
Central. O governo da Suécia destinará US$ 100 milhões e o da Espanha, US$ 107 milhões.
O restante diz respeito aos EUA e
a países da Europa.
Parte dos valores anunciados foi
destinada ontem mesmo à América Central. Outra parte será enviada nas próximas semanas, segundo os governos.
Apesar dos esforços, a quantia
ainda é insuficiente para reparar
os danos causados pelo Mitch. Segundo os governos dos países afetados, seriam necessários cerca de
US$ 3,5 bilhões para a reconstrução de cidades, estradas e pontes.
Honduras, por exemplo, o país
mais afetado e com o maior número de mortos (7.000 de um total de
mais de 10 mil), teve 60% de seus
prédios e suas estradas destruídos.
O Mitch, que chegou ao Panamá
há duas semanas e passou por toda
a América Central, deixou também cerca de 19 mil pessoas desaparecidas. Mais de 2,5 milhões
centro-americanos ficaram desabrigados na região.
²
Dívida externa
Para colaborar com os afetados
pela tragédia, a França anunciou a
anulação da dívida externa que Nicarágua e Honduras têm com o governo de Paris.
Os nicaraguenses têm uma dívida externa de US$ 9,1 bilhões. Desse total, US$ 65 milhões corresponde ao débito com a França.
Já os hondurenhos devem US$
27 milhões aos franceses, mas sua
dívida total é de US$ 4,5 bilhões.
Os franceses propõem também a
criação de um fundo de auxílio à
América Central. O governo cubano também anunciou o cancelamento da dívida de US$ 50 milhões
com Nicarágua.
O chanceler (premiê) alemão,
Gerhard Schroeder, disse ontem
que vai tentar que outros países
perdoem as dívidas dos centro-americanos. A Alemanha anularia
a dívida desde que houvesse um
bloco de outros governos.
²
Analfabetismo
O governo hondurenho anunciou o fim do ano letivo dos 250 mil
alunos dos ensinos básico e médio
por causa da destruição de 2.500
escolas (25% das 10 mil).
Os estudantes já estavam sem aula desde 25 de outubro. O governo
estuda a possibilidade de promover automaticamente os alunos.
Os professores, no entanto, terão
de ir às escolas para ajudar na limpeza das unidades que não foram
destruídas pelo furacão.
Honduras possui taxa de analfabetismo de 31%. Sua população é
de 6 milhões de habitantes.
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