São Paulo, quarta, 11 de novembro de 1998

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CRISE
Bill Clinton se reúne com assessores para estudar opções
EUA enviam porta-aviões ao Golfo e ameaçam Saddam

France Presse
Iraquianos nas ruas de Bagdá passam por pôsteres de Saddam Hussein


das agências internacionais

Os EUA disseram que o tempo está acabando para que o Iraque volte a cooperar com a Unscom, a comissão especial da ONU (Organização das Nações Unidas) que verifica o desarmamento no Iraque. O país decidiu ontem enviar um segundo porta-aviões -o Enterprise- ao golfo Pérsico.
O secretário da Defesa dos EUA, William Cohen, afirmou que o presidente Bill Clinton ainda não havia tomado nenhuma decisão sobre um eventual ataque ao Iraque, mas, segundo ele, a impaciência com o presidente Saddam Hussein "está crescendo".
Clinton analisou opções militares e diplomáticas com Cohen e sua equipe de segurança ontem.
O governo iraquiano declarou que queria uma solução pacífica para o impasse. O ministro do Comércio, Mohammed Mehdi Saleh, afirmou que a solução seria o fim do embargo comercial imposto após a invasão do Kuait (90).
"Se as sanções não acabarem e se a comissão (Unscom) não trabalhar profissionalmente, sem a direção da CIA (agência de inteligência dos EUA) e do Mossad (serviço secreto israelense), não há esperança de manter a cooperação", disse.
No dia 31 de outubro, Bagdá anunciou que estava suspendendo a cooperação com a ONU até que o embargo fosse revisto. De acordo com o país, ele foi responsável pela morte de milhares de iraquianos. Além disso, o Iraque acusa os inspetores de espionagem.
Em fevereiro, um acordo assinado em Bagdá pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, evitou uma ação militar contra o Iraque, que negava aos inspetores acesso a locais que poderiam ocultar armas químicas e bacteriológicas.



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