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Presidente do Iraque ataca idéias de grupo de estudos
Jalal Talabani diz que proposta de comissão bipartidária dos EUA é "injusta"
Para o líder curdo, relatório ameaça a soberania do país ao sugerir a presença de oficiais americanos nas Forças Armadas iraquianas
DA REDAÇÃO
O presidente do Iraque, o
curdo Jalal Talabani, rejeitou
ontem as recomendações do
Grupo de Estudos do Iraque,
qualificando-as de perigosas e
um insulto ao povo de seu país.
O relatório do grupo bipartidário sugere mudanças na política dos EUA para o Iraque, de
modo a preparar o caminho para a retiradas das tropas norte-americanas em 2008.
"Acho que o relatório Baker-Hamilton é injusto", afirmou
Talabani. "Ele contém artigos
muito perigosos, que minam a
soberania do Iraque e sua
Constituição", disse. "Eu o considero um insulto ao povo iraquiano".
O relatório do grupo -liderado pelo ex-secretário de Estado
dos EUA James Baker e pelo
ex-congressista democrata Lee
Hamilton- pediu um controle
mais centralizado das vastas
reservas de petróleo iraquianas
e recomendou um número
maior de oficiais americanos
nas forças de segurança iraquianas, de modo a acelerar seu
treinamento.
"O relatório pede que sejam
colocados oficiais estrangeiros
em todas as unidades, o que é
uma violação da soberania. O
que restará de nossa soberania?", indagou. "O relatório demonstra uma mentalidade segundo a qual somos uma colônia onde os EUA impõem suas
condições e negligenciam nossa independência."
Entretanto Hamilton afirmou ontem que mudar a missão militar americana no Iraque, de combate para treinamento, é a melhor opção para
estabilizar o país.
"Se você colocar americanos
dentro das forças iraquianas, é
certo é que você irá melhorar a
qualidade das forças iraquianas", afirmou ontem Hamilton
ao programa "Meet the Press",
da NBC, para o qual foi convidado juntamente com Baker.
No mês passado, o presidente dos EUA, George W. Bush, e
o premiê iraquiano, o xiita Nuri
al Maliki, chegaram a um consenso sobre acelerar o treinamento de 300 mil soldados iraquianos, para poderem receber
dos militares americanos o comando da segurança no país.
Maliki lamentou não poder
combater efetivamente a violência sectária e de rebeldes se
não tiver controle sobre suas
próprias forças, que ainda estão, me grande medida, sob comando dos EUA. Após ter se
encontrado com Bush, Maliki
tinha a expectativa de assumir
o controle das forças iraquianas em junho de 2007.
Com agências internacionais
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