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Jornal afirma não ter sofrido pressão para demitir funcionários
DE NOVA YORK
O jornal "Chicago Tribune"
afirmou em reportagem publicada ontem que não sofreu
pressão pela demissão de membros de seu conselho editorial,
apesar dos esforços que investigadores federais afirmam que o
governador de Illinois, Rod
Blagojevich, fez a respeito.
"Não houve nenhuma ocasião em que eu tenha sido contatado ou sofrido qualquer tipo
de pressão", disse o editor-chefe do jornal, Gerould Kern.
A acusação diz que o chefe-de-gabinete de Blagojevich,
John Harris, alertou repetidamente um indivíduo identificado como "assessor financeiro
do Tribune Co." de que o apoio
do governador para um negócio
envolvendo o campo esportivo
Wrigley, do time de beisebol
Chicago Cubs, do mesmo grupo, "poderia azedar por causa
das páginas editoriais" do jornal -no último ano, o "Chicago
Tribune" publicou uma série de
editoriais defendendo o impeachment do governador.
Nas gravações feitas pela investigação, Blagojevich e Harris discutem quais membros do
conselho editorial do jornal deveriam perder seus empregos.
Harris disse ao governador que
o "assessor financeiro do Tribune" já havia contatado o "dono do Tribune" -supostamente uma referência ao CEO do
grupo, Sam Zell- e que ele "se
mostrou sensível ao tema".
Em outra conversa, o chefe-de-gabinete afirma que o grupo
estava em processo de demitir
funcionários. "Lendo nas entrelinhas", diz Harris, haveria
demissões no conselho editorial. "Ah, isso é fantástico", responde Blagojevich."
Zell, que não comentou a denúncia, doou US$ 82 mil à campanha de Blagojevich em 2002.
Em setembro, o governador
compareceu à festa de aniversário de 67 anos de Zell.
"Tudo isso é para mim uma
completa surpresa", disse o responsável pelos editoriais do
"Chicago Tribune", Bruce
Dold. "Sam Zell afirmou quando assumiu o controle da empresa que não queria interferir
em decisões editoriais e até hoje manteve sua palavra."
O jornal informou que não
houve cortes no conselho editorial, de 11 membros.
(AM)
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