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Ameaçada na Bolívia, Queiroz Galvão transfere contrato para OAS
Obras de estradas, paralizadas, devem ser concluídas pela construtora OAS
FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS
Ameaçada ser expulsa da Bolívia, a construtora Queiroz
Galvão transferiu a outra empreiteira brasileira, a OAS, o
contrato para terminar a construção de duas estradas no sul
do país. As obras estavam paralisadas há mais de um ano,
quando o governo Evo Morales
passou a exigir da empresa a reparação de dezenas de quilômetros de fissuras nas pistas
recém-construídas.
Segundo a Folha apurou, a
Queiroz Galvão cederá seus
equipamentos à OAS para a retomada das obras, já 70% concluídas. Até ontem, não estava
claro se o governo boliviano
aceitou a transferência do contrato ou se a nova empreiteira
também exigiria mais dinheiro
para completar a obra.
Ontem, vencia o ultimato dado pela Bolívia para que a Queiroz Galvão reassumisse a construção das obras, sob pena de
rescisão contratual. A empresa
exigia cerca de US$ 45 milhões
para reparar os trechos danificados, condição considerada
inaceitável por Morales.
Procuradas pela reportagem,
tanto a QG quanto a OAS se recusaram a comentar sobre a
transferência do contrato. A
Folha também procurou a
Agência Boliviana de Estradas,
mas não houve resposta aos pedidos de esclarecimento.
A Queiroz Galvão teve o contrato rescindido em 2007 por
se recusar a consertar as fissuras, sob a alegação de que o problema estava no projeto, que
exigia pavimento rígido (concreto), inadequado à região.
Moras recuou da expulsão
após intervenção do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, no final do ano passado. Mas o impasse continuou depois que a
QG passou a exigir mais recursos para retomar as obras.
A estrada não é o primeiro
problema da QG na Bolívia. No
começo de 2007, um túnel recém-construído pela empresa
perto da fronteira com a Argentina desmoronou.
O projeto está orçado em
US$ 198 milhões e envolve a
construção das estradas Potosí-Cotagaita e Tarija-Potosí,
num total de 433 km. Cerca de
US$ 120 milhões foram financiados pelo Proex (Programa
de Financiamento às Exportações do Banco do Brasil).
Colaborou AGNALDO BRITO, da Reportagem
Local
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