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Tinha gente
em pedaços,
diz brasileiro
DA REPORTAGEM LOCAL
"Dava para ver o trem aberto, estraçalhado, e pessoas feridas saindo dos vagões. Tinha
muito sangue, muita gente em
pedaços, gritando de dor e de
frio." A descrição é do jornalista brasileiro Bruno Lourenço
Dias, 31, que chegou à estação
Atocha poucos minutos após o
atentado.
Por telefone, o jornalista contou que por alguns segundos de
atraso não pegou o trem anterior: "As equipes de atendimento demoraram um pouco
para chegar. Enquanto isso, cada um tentava ajudar do jeito
que podia. Moradores dos prédios ao lado jogaram cobertores para os que tinham frio e
uma multidão se formou ali".
A diretora de recursos humanos do grupo Santander, Silvia
Spessotto, 41, acompanhou a
rede de ajuda que se formou na
cidade. "O povo está mobilizado para o ato de hoje, mas o
que dá para perceber é que depois do caos estão todos com
medo, em casa."
Spessotto contou que dois
funcionários do grupo ficaram
feridos. "Todos foram convocados para doar sangue. As informações estão chegando para checarmos a lista dos mortos
e feridos", disse.
(SIMONE IWASSO)
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