São Paulo, sexta-feira, 12 de março de 2004

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Tinha gente em pedaços, diz brasileiro

DA REPORTAGEM LOCAL

"Dava para ver o trem aberto, estraçalhado, e pessoas feridas saindo dos vagões. Tinha muito sangue, muita gente em pedaços, gritando de dor e de frio." A descrição é do jornalista brasileiro Bruno Lourenço Dias, 31, que chegou à estação Atocha poucos minutos após o atentado.
Por telefone, o jornalista contou que por alguns segundos de atraso não pegou o trem anterior: "As equipes de atendimento demoraram um pouco para chegar. Enquanto isso, cada um tentava ajudar do jeito que podia. Moradores dos prédios ao lado jogaram cobertores para os que tinham frio e uma multidão se formou ali".
A diretora de recursos humanos do grupo Santander, Silvia Spessotto, 41, acompanhou a rede de ajuda que se formou na cidade. "O povo está mobilizado para o ato de hoje, mas o que dá para perceber é que depois do caos estão todos com medo, em casa."
Spessotto contou que dois funcionários do grupo ficaram feridos. "Todos foram convocados para doar sangue. As informações estão chegando para checarmos a lista dos mortos e feridos", disse. (SIMONE IWASSO)


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