São Paulo, sexta-feira, 12 de abril de 2002

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Opositor pede apoio internacional

DA REDAÇÃO

O prefeito de Caracas, Alfredo Peña, um dos principais opositores do presidente venezuelano, Hugo Chávez, pediu ontem que a comunidade internacional se pronunciasse sobre a situação na Venezuela.
O ex-chanceler venezuelano Luiz Miquilena, conhecido como o "mentor político" de Chávez, acusou o presidente de "manchar-se de sangue".
Peña pediu aos "países democráticos do hemisfério", à OEA (Organização dos Estados Americanos) e à CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) que se pronunciassem a respeito do que o prefeito disse considerar ser uma violação à Carta Democrática da OEA por Chávez.
O prefeito também exortou a igreja, os meios de comunicação, os empresários, os sindicatos e as demais "forças democráticas" e membros da sociedade civil a "juntar forças" para chegar a uma saída democrática para a crise.
"O Chávez que estamos vendo agora não é o Chávez que conheci", disse Miquilena em entrevista coletiva.
Segundo ele, que disse ser impossível ficar ao lado de um governo "manchado de sangue", a crise atual "é produto da semeadura de ódios".
"Quero marcar distância categórica de um governo desse tipo", afirmou o ex-chanceler.

Afronta
Um alto representante da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) classificou ontem como "afronta grave à liberdade de expressão" a suspensão das emissões televisivas decretada pelo governo venezuelano.
Rafael Molina, presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa da SIP, disse que o corte do sinal das principais redes privadas de TV da Venezuela -Globovisión, Radio Caracas Televisión, Televen, Meridiano TV, CMT e Vale TV- "atenta contra o sistema democrático".


Com agências internacionais


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