São Paulo, terça-feira, 12 de junho de 2001

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JUSTIÇA

Diplomata complica ex-presidente

Americano nega versão da defesa de Menem

ROGERIO WASSERMANN
DE BUENOS AIRES

A defesa do ex-presidente argentino Carlos Menem sofreu ontem novo revés, com a declaração do ex-embaixador dos EUA na Argentina James Cheek de que nunca falou sobre a venda de armas para Croácia e Equador com gente do governo argentino.
Menem está em prisão domiciliar desde quinta, acusado de chefiar quadrilha que contrabandeou armas aos dois países entre 1991 e 1995, em seu governo (1989-1999).
Uma das estratégias da defesa de Menem, que nega as acusações, era provar que a venda fez parte da política externa argentina, como forma de atender a interesses norte-americanos. A tese já fora negada por Washington.
Os advogados de Menem disseram ontem que não pedirão, por enquanto, a mudança de domicílio do ex-presidente, apesar de afirmar que ele se sente "invadido" e "sem privacidade" por causa do assédio da imprensa na chácara da cidade de Don Torcuato, na Grande Buenos Aires, onde ele cumpre a prisão. Apesar disso, anteontem, Menem se deixou fotografar no quintal da chácara lendo uma biografia de Napoleão.


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