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JUSTIÇA
Diplomata complica ex-presidente
Americano nega versão da defesa de Menem
ROGERIO WASSERMANN
DE BUENOS AIRES
A defesa do ex-presidente argentino Carlos Menem sofreu ontem novo revés, com a declaração
do ex-embaixador dos EUA na
Argentina James Cheek de que
nunca falou sobre a venda de armas para Croácia e Equador com
gente do governo argentino.
Menem está em prisão domiciliar desde quinta, acusado de chefiar quadrilha que contrabandeou
armas aos dois países entre 1991 e
1995, em seu governo (1989-1999).
Uma das estratégias da defesa
de Menem, que nega as acusações, era provar que a venda fez
parte da política externa argentina, como forma de atender a interesses norte-americanos. A tese já
fora negada por Washington.
Os advogados de Menem disseram ontem que não pedirão, por
enquanto, a mudança de domicílio do ex-presidente, apesar de
afirmar que ele se sente "invadido" e "sem privacidade" por causa do assédio da imprensa na chácara da cidade de Don Torcuato,
na Grande Buenos Aires, onde ele
cumpre a prisão. Apesar disso,
anteontem, Menem se deixou fotografar no quintal da chácara
lendo uma biografia de Napoleão.
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