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Policiais são condenados por agredir negro
de Nova York
O julgamento do caso mais explosivo de suposto racismo praticado pela polícia de Nova York terminou na última terça-feira, com a
condenação de dois policiais por
agressão -que podem pegar prisão perpétua- e a absolvição de
outros três.
Na noite de 9 de agosto de 1997, o
imigrante haitiano Abner Louima,
então com 30 anos, foi detido depois de uma briga do lado de fora
de uma discoteca.
Louima disse ao júri que, depois
de detido, foi levado ao banheiro
de uma delegacia e torturado sexualmente.
Um dos policiais, Justin Volpe,
teria enfiado em seu ânus e em sua
boca o cabo de um desentupidor
de pias.
Volpe negou a acusação até o fim
do mês passado, quando depoimentos de outros policiais o forçaram a se declarar culpado.
Outro policial, Charles Schwarz,
que alega inocência, foi condenado sob a acusação de ter ajudado
Volpe a torturar Louima.
Apesar de Louima ter negado no
julgamento ter ouvido frases racistas dos policiais, líderes da comunidade negra disseram que o imigrante só foi torturado por ser negro. Os cinco policiais acusados
são brancos.
A polícia de Nova York não dispõe de estatísticas sobre a raça das
pessoas abordadas. Mas a morte de
outro imigrante negro no início do
ano, Amadou Diallo, que levou 41
tiros de policiais brancos, reforçou
a suspeita de racismo.
Tanto o caso de Louima como o
de Diallo motivaram a realização
de manifestações de rua contra a
polícia.
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