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IGREJA CATÓLICA
Devido a gastos com exéquias de João Paulo 2º, morto em abril, Vaticano não deverá ter superávit neste ano
Funeral do papa tira o Vaticano do azul
DA REDAÇÃO
As despesas com o funeral do
papa João Paulo 2º, morto em
abril deste ano, podem afetar as finanças do Vaticano.
Numa entrevista coletiva que
apresentou o resumo das finanças
do Vaticano em 2004, o cardeal
Sergio Sebastiano, chefe do Departamento de Assuntos Econômicos da Santa Sé, afirmou que,
diferentemente do ano passado,
em que o Estado teve um superávit de mais de 3 milhões, neste
ano as contas devem fechar empatadas, sem grande superávit ou
déficit.
Sebastiano, que não detalhou as
despesas com o funeral de João
Paulo 2º, disse que tem esperanças de que as finanças do Vaticano não incorram em déficit neste
ano. Já o padre Ciro Benedettini,
porta-voz-assistente do Vaticano,
respondendo se as exéquias do
papa polonês teriam prejudicado
os cofres da Santa Sé, disse que espera "que as contas fechem".
O Orçamento anual da Santa Sé
é de cerca de 200 milhões, e a
fonte dos recursos são ações e títulos que estão em seu poder,
além de investimentos mantidos
pelo Estado e das doações que
vêm das dioceses da Igreja Católica espalhadas pelo mundo.
Já os gastos ficam por conta da
manutenção de seu aparato administrativo no Vaticano e nas
missões diplomáticas em mais de
150 países, além das atividades de
mídia, que incluem um jornal,
uma emissora de rádio e uma TV.
Prostituição
O Vaticano divulgou também
ontem um documento em que
condena a prostituição feminina e
o tráfico de pessoas e pede "dura
punição" aos clientes que pagam
por sexo.
A prostituição é uma "forma de
escravidão moderna", e as mulheres que têm de se submeter a ela
ficam "dilaceradas, psicologicamente e espiritualmente mortas",
diagnostica o documento, que resume as conclusões de um simpósio sobre prostituição e tráfico de
seres humanos realizado em junho no Vaticano.
Quanto aos clientes do comércio sexual, o texto pede que recebam "mais do que só uma condenação social" e enfrentem "os plenos rigores da lei".
Férias
O sucessor de João Paulo 2º no
trono de Pedro, Bento 16, saiu ontem em férias. O papa foi para a
uma casa em Les Combes, na região montanhosa do vale da Aosta, no norte da Itália, onde deve
passar 17 dias.
Com agências internacionais
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