São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 2005

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IGREJA CATÓLICA

Devido a gastos com exéquias de João Paulo 2º, morto em abril, Vaticano não deverá ter superávit neste ano

Funeral do papa tira o Vaticano do azul

DA REDAÇÃO

As despesas com o funeral do papa João Paulo 2º, morto em abril deste ano, podem afetar as finanças do Vaticano.
Numa entrevista coletiva que apresentou o resumo das finanças do Vaticano em 2004, o cardeal Sergio Sebastiano, chefe do Departamento de Assuntos Econômicos da Santa Sé, afirmou que, diferentemente do ano passado, em que o Estado teve um superávit de mais de 3 milhões, neste ano as contas devem fechar empatadas, sem grande superávit ou déficit.
Sebastiano, que não detalhou as despesas com o funeral de João Paulo 2º, disse que tem esperanças de que as finanças do Vaticano não incorram em déficit neste ano. Já o padre Ciro Benedettini, porta-voz-assistente do Vaticano, respondendo se as exéquias do papa polonês teriam prejudicado os cofres da Santa Sé, disse que espera "que as contas fechem".
O Orçamento anual da Santa Sé é de cerca de 200 milhões, e a fonte dos recursos são ações e títulos que estão em seu poder, além de investimentos mantidos pelo Estado e das doações que vêm das dioceses da Igreja Católica espalhadas pelo mundo.
Já os gastos ficam por conta da manutenção de seu aparato administrativo no Vaticano e nas missões diplomáticas em mais de 150 países, além das atividades de mídia, que incluem um jornal, uma emissora de rádio e uma TV.

Prostituição
O Vaticano divulgou também ontem um documento em que condena a prostituição feminina e o tráfico de pessoas e pede "dura punição" aos clientes que pagam por sexo.
A prostituição é uma "forma de escravidão moderna", e as mulheres que têm de se submeter a ela ficam "dilaceradas, psicologicamente e espiritualmente mortas", diagnostica o documento, que resume as conclusões de um simpósio sobre prostituição e tráfico de seres humanos realizado em junho no Vaticano.
Quanto aos clientes do comércio sexual, o texto pede que recebam "mais do que só uma condenação social" e enfrentem "os plenos rigores da lei".

Férias
O sucessor de João Paulo 2º no trono de Pedro, Bento 16, saiu ontem em férias. O papa foi para a uma casa em Les Combes, na região montanhosa do vale da Aosta, no norte da Itália, onde deve passar 17 dias.


Com agências internacionais

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