DA REDAÇÃO

Um incêndio de origem misteriosa matou 20 pessoas num centro comercial da cidade russa de Ukhta, na região de Komi, 1.200 km a noroeste de Moscou. Segundo uma das versões, o fogo se propagou rapidamente depois que dois adolescentes incendiários despejaram no andar térreo uma substância inflamável e se retiraram apressadamente.
É o que disse à agência Reuters um porta-voz do Ministério Público da região. Mas o Ministério de Situações de Emergência afirma que o incêndio teve como origem a explosão de botijões comercializados numa lojas de aquecedores domésticos.
Informantes anônimos mencionam marginalmente a possibilidade de se tratar de um atentado de separatistas tchetchenos.
Não estava tampouco descartada a possibilidade de a explosão ter sido provocada pelas caldeiras de calefação de água, movidas a gás. É o que afirmou representante do Ministério do Interior, citado pela agência Interfax.
No ano passado, acidente desse tipo matou 58 pessoas num bloco residencial da cidade de Arkhangelsk. As caldeiras abastecem na Rússia todo o quarteirão e são um dos serviços públicos degradados pela falta de manutenção.
O FSB (Serviço de Segurança do Estado), sucessor da KGB, disse ainda estar investigando as causas do incêndio em Ukhta, cidade de 100 mil habitantes.
Além dos 20 mortos, há cinco feridos em estado bastante grave, disseram as autoridades locais. Segundo elas, o fogo se propagou com rapidez em razão da matéria plástica utilizada na decoração dos corredores internos.
Uma emissora de TV disse que o número de vítimas cresceu porque, com o início do incêndio, ocupantes do edifício tiveram dificuldade para sair à rua em razão de portas de vidro no andar térreo equipadas com barras de ferro.
As imagens transmitidas pela TV mostravam equipes médicas que tentavam reanimar pacientes colocados sobre macas.