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ÁFRICA
Ataque seria de rebeldes hutus
No Congo, 39 pessoas são queimadas vivas
DA REDAÇÃO
Ao menos 39 civis, a maioria
mulheres e crianças, foram queimados vivos por supostos rebeldes ruandeses entre a noite de sábado e o domingo, durante ataque a um vilarejo no leste da República Democrática do Congo
(ex-Zaire), afirmou ontem a missão de paz da ONU no país.
O ataque ocorreu no vilarejo de
Ntulumamba, a cerca de 70 km de
Bukavu, capital da Província de
Sud-Kivu. Ao menos 39 cabanas
foram queimadas e até 50 pessoas
ficaram feridas, segundo a ONU e
o governo local.
"Algumas pessoas dizem que
foi uma retaliação por um recente
ataque do Exército congolês contra os rebeldes", disse Sylvie van
den Wildenberg, porta-voz da
missão da ONU no Congo.
"Outros dizem que foi para desencorajar as pessoas a dar apoio
a uma missão da ONU cada vez
mais presente", afirmou. "A grande maioria era de mulheres e
crianças."
Segundo um funcionário do governo de Sud-Kivu, os rebeldes teriam dito aos moradores que
"chamassem seus salvadores da
ONU".
Membros da missão que viajaram ao vilarejo disseram que as
cabanas haviam sido reduzidas a
cinzas. "Havia algumas covas
conjuntas onde eles haviam sido
enterrados", disse um dos membros. "Disseram-nos que os rebeldes trancaram as mulheres e as
crianças em suas cabanas enquanto os homens fugiram."
Testemunhas atribuíram o ataque a rebeldes hutus das Forças
Democráticas de Libertação de
Ruanda (FDLR).
"Ficaria surpreso se isso não foi
coisa do FDLR. Eles haviam
ameaçado retaliar contra civis",
disse uma fonte da ONU.
O grupo negou, porém, a autoria do ataque, responsabilizando
outra facção de rebeldes ruandeses, os rastas. Milícias hutus que
fugiram após o genocídio de 1994
em Ruanda vêm atuando no leste
do Congo desde então.
Com agências internacionais
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