São Paulo, terça-feira, 12 de julho de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Ex-premiê teria sido alvo de jornais de Murdoch Repórteres teriam investigado caixa postal e dados bancários de Brown Operação de compra de provedora de TV pelo magnata deve agora ser avaliada por comitê, o que adia as negociações DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS O ex-premiê britânico Gordon Brown foi alvo de espionagem por jornais do grupo News Corporation, de Rupert Murdoch, segundo divulgaram ontem o diário "Guardian" e a TV BBC (estatal). Jornalistas do "Sunday Times" e do "The Sun" teriam tentado acessar sua caixa postal, sua conta e o histórico de saúde de sua família. Brown teria sido espionado por dez anos, e afirmou estar "chocado" com o nível de "criminalidade" das práticas. A News Corporation reagiu dizendo que tomou conhecimento do caso e pediu informações para investigá-lo. A denúncia amplifica a crise que levou ao fechamento do "News of the World", anteontem, após a revelação de que o tabloide -líder em vendas aos domingos- adotava escutas em reportagens. Está seriamente ameaçado o plano de Murdoch de comprar 61% das ações da BSkyB, a maior provedora de TV paga do Reino Unido -ele já possui 39% da empresa. O vice-premiê, Nick Clegg, pediu que Murdoch faça "a coisa decente e sensata": desistir da compra da BSkyB. Clegg fez a declaração após se reunir com a família de Milly Dowler, vítima de sequestro e assassinato que teve sua caixa postal invadida por profissionais do "NoftW". A revelação de que mensagens de Dowler, 13, foram apagadas desatou a crise. A família de Dowler defende que "o mais honrado" a ser feito por Rebekah Brooks, editora-chefe do jornal na época das escutas e hoje no comando da News International, é pedir demissão. Brooks é amiga do atual premiê, David Cameron, e interlocutora do grupo de Murdoch com o governo na operação de compra da BSkyB. Autoridades britânicas pediram ontem que a transação seja avaliada por um comitê que avalie se o negócio levará ao monopólio -o que que tomará ao menos seis meses. Jeremy Hunt, secretário de Cultura, pediu à agência reguladora que também decida se a família Murdoch está "adequada" a licenças para transmissão de televisão. Essa movimentação foi possível porque Murdoch voltou atrás, ontem de manhã, na promessa de separar a empresa Sky News de seu conglomerado -uma condição estipulada para efetuar a compra da BSkyB. Texto Anterior: Contra calote, Obama sugere ceder na saúde Próximo Texto: Rússia: Navio superlotado naufraga em rio e deixa ao menos 55 mortos Índice | Comunicar Erros

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.