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"CURA REVOLUCIONÁRIA"
Terapia alternativa é ineficaz em mais de 98% dos casos
Novo estudo indica fracasso de tratamento anticâncer
das agências internacionais
Os primeiros resultados do exame científico do tratamento para o
câncer proposto pelo médico italiano Luigi di Bella apontam apenas um caso de progresso.
Os resultados preliminares dizem respeito a uma amostra de
333 casos da região da Lombardia,
norte do país.
Di Bella, professor da Faculdade
de Medicina da Universidade de
Modena, diz ter curado metade de
seus pacientes, que seriam de 15
mil a 20 mil, segundo ele.
No entanto, a equipe encarregada pelo governo italiano de investigar a "cura revolucionária" encontrou fichas de 3.076 pacientes
nos arquivos do médico.
O resultado final da checagem
nacional dos resultados de Di Bella
ficam prontos no fim de julho.
Ontem, foram divulgados os dados sobre a região da Lombardia.
Depois de três meses de tratamento, em 50,4% de 333 pacientes, que sofriam de diversos tipos
de câncer, houve progressão da
doença.
Em outros 14,7%, além da piora
do estado dos doentes, o câncer se
espalhou para outras partes do organismo. Em 33,3%, a doença permaneceu estável. Em um caso,
houve progresso e em outros 4
(1,2%) a melhoria foi "modesta".
Esses resultados foram obtidos
pela associação dos cancerologistas da Lombardia. No entanto, o
estudo completo da associação
lombarda investiga, no total, 1.326
pacientes de Di Bella.
Di Bella diz que desenvolveu, ao
longo de 40 anos, em seu laboratório particular, um tratamento eficaz contra praticamente todos os
tipos de câncer. Uma associação
que apóia Di Bella afirma que os
resultados do governo sobre a terapia dele "não mudam nada".
"Esses resultados eram esperados, pois todos os pacientes escolhidos estavam em fase terminal",
afirmou Patrizia Misson, presidente da associação, que defende
também que a seguridade social
italiana reconheça e financie o tratamento de Di Bella.
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