das agências internacionais

O diretor financeiro da Expo 98, a última exposição mundial do milênio, João Caldeira, foi preso ontem, em Lisboa (Portugal), acusado de desviar US$ 5,5 milhões do evento. A fraude foi descoberta por uma equipe de auditores. Outros três funcionários foram suspensos de suas atividades até o final das investigações.
O secretário-geral da Expo 98, Antonio Mega Ferreira, afirmou que diversos pagamentos referentes à venda de imóveis pela exposição não foram registrados no balanço das finanças.
"Os auditores mostraram que havia algo errado nas contas. Foi apontado um grande desfalque que, até então, não havia sido percebido", disse Ferreira.
Acusado de falsificação e malversação de fundos, João Caldeira confessou à polícia que atuou sozinho, de acordo com a imprensa portuguesa.

Vasco da Gama
A Expo 98, aberta no dia 22 de maio, celebra os 500 anos do nascimento do navegador português Vasco de Gama, descobridor da rota marítima para a Índia. O evento está previsto para até o final de setembro.
Mais de 150 países estão participando da grande feira cultural, que tem os oceanos como seu tema central. Os representantes dos países estão apresentando filmes, peças de teatro, shows de música, dança, entre outros.
Na tentativa de fazer com que o evento não pesasse no bolso dos contribuintes, o governo português adquiriu, em 1993, a sociedade Parque Expo, uma área de 330 hectares em zona industrial às margens do rio Tejo, com o objetivo de ali construir a exposição.
Faz parte do mesmo empreendimento a Expo Urbe -uma vasta operação urbanística para construir imóveis nessa mesma área. O local deverá receber mais de 25 mil habitantes em um prazo de dez anos.
João Caldeira e os outros funcionários envolvidos no desvio de verbas estavam ligados a contratos imobiliários da Expo Urbe.



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