das agências internacionais

O ditador em exercício com maior longevidade no poder, Fidel Castro, recebeu um prêmio de um dos mais criticados líderes mundiais -o líbio Muammar Gaddafi.
Coube ao ditador da Líbia homenagear o ditador cubano pelo respeito a direitos que os dois são acusados de violar -os direitos humanos.
A agência oficial de notícias da Líbia, "Jana", informou ontem que Fidel foi agraciado com o prêmio internacional de defesa de direitos humanos Muammar Gaddafi, instituído há oito anos.
Segundo a agência, o ditador cubano, no poder desde 1959, mereceu ser premiado por sua luta por valores democráticos, pela defesa da soberania dos povos e por sua "resistência contra o imperialismo", em uma referência clara aos EUA, o maior rival internacional dos dois governos.
Washington inclui tanto Cuba quanto a Líbia em suas listagens de países patrocinadores do terrorismo mundial. Os dois Estados são alvos de embargo comercial imposto ou liderado pelos EUA.
Os norte-americanos ainda acusam Fidel e Gaddafi, no poder desde 1969, de não respeitar a liberdade de imprensa e a liberdade individual e de impedir o florescimento de movimentos de oposição.
A "Jana" informou que a entrega do prêmio deve ocorrer no próximo dia 30 em Trípoli, capital da Líbia, com a participação de diversas personalidades internacionais. A agência não confirmou a presença de Fidel na cerimônia.



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