São Paulo, sábado, 12 de setembro de 1998

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Leia trechos do relatório e da defesa

da Redação

Leia trechos do relatório do promotor Kenneth Starr e o resumo das teses de defesa do presidente dos EUA, Bill Clinton.
Num dos trechos estão as 11 acusações de Starr contra Clinton, que, segundo o promotor, representam base para o processo de impeachment do presidente.
Outro trecho traz a descrição que a ex-estagiária Monica Lewinsky fez em seus depoimentos dos dez encontros íntimos que ela teve com Clinton na Casa Branca. Esse texto contempla situações sexualmente explícitas.
Há ainda pequenos trechos do relatório de Starr com detalhes sobre a relação entre Lewinsky e Clinton.
O último texto traz um resumo dos principais argumentos de defesa de Clinton no caso. O documento foi elaborado pelos próprios advogados do presidente.

DETALHES DA RELAÇÃO CLINTON-LEWINSKY

Leia a seguir trechos do relatório que detalham a intimidade do relacionamento entre Clinton e Monica Lewinsky:

"O presidente por fim se juntou a Lewinsky no estúdio, onde eles ficaram a sós por um minuto ou dois. Lewinsky deu-lhe um peso de papel antigo com o formato da Casa Branca. Ela também lhe mostrou um email descrevendo o efeito de mastigar pastilhas Altoids antes de fazer sexo oral. A senhorita Lewinsky estava chupando Altoids naquele dia, mas o presidente retrucou que não tinha tempo para sexo oral. Eles se beijaram, e o presidente saiu correndo para um jantar de Estado com o presidente (do México) Zedillo"

"(...)Em rascunhos de cartas ao presidente que foram recuperados de seu computador no Pentágono, a senhorita Lewinsky reflete sobre as mudanças no relacionamento com Clinton: "Tanto profissionalmente como pessoalmente (...) as mudanças em nossa relação pessoal me causaram mais dor. Você entende?'. Ela pede a compreensão do presidente: "Não quero que você pense que não sou grata pelo que você está fazendo por mim agora -eu provavelmente estaria em um sanatório sem sua ajuda-, mas estou consumida por decepções, frustrações e raiva'. Lewinsky lamentou a brevidade da visita ao Presidente no dia 13 de novembro: "Tudo o que você (...) precisa fazer para me acalmar é me ver e me abraçar', ela escreveu. "Talvez isso seja pedir muito.'"

"(...)Depois, ela e o presidente foram até o Salão Oval e conversaram. Segundo Lewinsky, "ele estava mordiscando um charuto. Então ele tomou o charuto em sua mão e ficou olhando para mim de ... um jeito meio malicioso. Aí ... eu olhei para o charuto e para ele e disse: Podemos fazer isso algum dia também'."

"(...)Nos meses seguintes, Lewinsky pediu repetidamente ao presidente para lhe arrumar um emprego na Casa Branca. Nas recordações dela, o presidente respondeu que vários membros da equipe estariam trabalhando nisso, inclusive o Bob Nash e Marsha Scott, assistente do presidente e vice-diretor da assessoria do presidente. De acordo com Lewinsky, o presidente teria dito a ela: "Bob Nash está cuidando disso', "Marsha cuidará disso' e "Nós temos que tomar cuidado'. "Você sabe... ele sempre reforçava o que eu estava sentindo me falando alguma coisa que eu não sabia necessariamente se era verdade.' "Oh, eu falarei com ela', "Eu vou ver e bla, bla, bla' e "Eu cuido disso, eu cuido disso, eu cuido disso'. "E não cuidou, não cuidou, não cuidou.'"

"(...)No hall ao lado do estúdio, o presidente e Lewinsky se beijaram. Nessa ocasião, de acordo com Lewinsky, "ele fixou o olhar em mim exclusivamente', beijando seus seios e acariciando seus seios. Em certo ponto, o presidente inseriu um charuto na vagina da senhorita Lewinsky, depois o levou à boca e disse: "Tem um gosto bom'. Depois de terminar, a senhorita Lewinsky deixou o Salão Oval e foi passear pelo Rose Garden (Jardim das Rosas)"



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